A MedTec MD&M 2014, principal feira da indústria de tecnologia para design e fabricação de equipamentos médicos, odontológicos e laboratoriais, que aconteceu hoje e ontem, em São Paulo, encerra com saldo positivo: crescimento de 20% no número de participantes em relação a 2013. O evento empolgou visitantes, expositores e palestrantes.
“Estamos presentes desde sua primeira edição no Brasil, e participamos das edições no exterior. A feira está excelente, pois o visitante é centrado, sabe o que quer. Esse é o ponto positivo da MedTec MD&M: manter um público específico”, afirmou Marco Fontolan Neto, diretor da Willemin-Macodel.
“A MEDTEC MD&M é um evento muito importante neste momento, quando as empresas brasileiras precisam mostrar competitividade e, para isso, precisamos conhecer todas as tecnologias”, elogiou o visitante Mario Leistenschneider, executivo da Andish.
Além de novidades apresentadas, as palestras empolgaram. Claudio Sampaio, da TechTraining Engineering, mostrou que a quebra de patentes irá multiplicar a tecnologia 3D no País e que, em breve, vários brasileiros terão uma impressora desse tipo na própria casa.
Paulo Ferreira, da BHI Supply, afirmou que um projeto de inovação pode ser trabalhoso, principalmente para pequenas empresas, mas não impossível. Ele já apresentou 10 projetos totalizando R$ 10,5 milhões.
Inovação também foi o tema da pesquisa “Medical Devices no Brasil” apresentada pelo Dr Vitor Asseituno e pelo Dr. Kleber Stelmasuk, do Empreender Saúde. Ela revela disparidade entre tamanho e capacidade de inovação do mercado brasileiro de medical devices. “Somos o maior mercado da América Latina, com US$ 24 bilhões para gastar com medical devices e US$ 1 bilhão em e-health”.
Os professores da Universidade de Stanford, Dr. Robson Capasso e Ravi Pamnani classificaram o evento como “primordial para o network entre os diversos atores na área de saúde”.
O desafio de lançar produtos e dispositivos médicos no Brasil pelo alto custo da avaliação clínica, morosidade e regulamentação rígida também foi tema de discussão. Luciano Curado, diretor da Scitech Produtos Médicos, disse que, apesar das dificuldades, um planejamento com prazos e custos estimados pode levar a players internacionais.
Tatiana Cunha, gerente da Biosíntese, lembrou que uma nova abordagem reduz o tempo de lançamento de biomateriais. “Trazer o estudo logo para o início do processo reduz em até 90 dias a comercialização”.
Hector Américo Barone Filho, diretor das Indústrias Barone, discorreu sobre estratégias para micro e pequenas empresas inovarem.