O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), no oeste paraense, recebeu na sexta-feira (15) a ampliação de mais 19 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Totalizando agora 43 leitos, tornou-se a maior UTI pública do interior do Estado. A obra é fruto do investimento de mais de R$ 10 milhões. Cerca de 150 novos profissionais da área de saúde foram contratados para colocar os novos leitos em funcionamento. Também foi entregue um tomógrafo moderno.
Os novos leitos foram entregues pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Vitor Mateus. Imediatamente, os leitos entraram em funcionamento. O titular da Sespa supervisionou, juntamente com os médicos Antônio Carlos, Lívia Correa e Castro e Erick Jennings, a entrada do primeiro paciente: Teodósio Guimarães Farias, 59 anos, oriundo do município de Óbidos. Ele acabara de passar por uma angioplastia. Também acompanharam o procedimento o diretor do HRBA, Hebert Moreschi, e o diretor operacional da Pró-Saúde no Pará, Paulo Czrnhak.
“Isso mostra a dimensão da importância desse hospital para a região oeste do Pará. Por isso, o Governo do Estado continua investindo aqui. São recursos oriundos do Tesouro do Estado. De uma articulação feita junto com a Pró-Saúde foi encontrada uma maneira de custear os leitos. É um momento difícil, do ponto de vista financeiro, pois a diária para manter esses leitos é muito alta, mas o governo fez um esforço adicional para que estivéssemos aqui fazendo a entrega desses leitos. O HRBA passa a ter a maior UTI pública fora da capital”, disse Vitor Mateus.
O hospital dispunha de sete leitos de UTI adulto, sete pediátricos, sete na ala neonatal e três de cuidados intermediários. A partir da inauguração, são 20 leitos de UTI adulto, dez pediátricos e dez neonatais, além de três de cuidados intermediários. “Essas estruturas adicionais ajudam a diminuir a fila nos hospitais e agilizam tratamentos e curas. O que está sendo colocado aqui também é uma demanda dos profissionais da saúde, que trabalham diretamente com a realidade de nossos pacientes”, acrescentou o secretário de Saúde.
Agilidade – Os novos leitos significam também maior agilidade e atendimento em cirurgias, já que em muitos casos é necessário ter leito de UTI disponível para o procedimento. Em 2015, o hospital fez 4.325 cirurgias, com média de doze procedimentos por dia. Para o secretário de saúde de Santarém, Valter Sininbu, a ampliação da UTI favorece todos os municípios do oeste paraense e desafoga o hospital municipal. “O HRBA é um hospital de ponta, um hospital escola que serve de modelo nacional”, frisou.
Para colocar os novos leitos em funcionamento, existe todo um aparato necessário para a devida hospedagem dos pacientes. A diretora técnica do HRBA, Lívia Correa e Castro, explicou que os leitos dispõem de equipamentos modernos e que precisam de um suporte de laboratórios e corpo técnico de profissionais. “Cada leito tem aparato técnico com monitor multiparâmetro, oxigênio, equipamento de ventilação mecânica e mais todo aparato de monitorização evasiva. Tudo o que um leito precisa ter para dar a melhor assistência ao paciente”, detalhou.
Além do investimento em equipamentos, investe-se na área de diagnóstico. “Temos um laboratório com suporte para atender os pacientes que estão entrando nesses leitos e uma equipe humana. Imagem, ecocardiograma, tomografia, ressonância magnética e uma equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, toda área de nutrição, entre outras especialidades”, completou Lívia Castro.
O secretário de Saúde, Vitor Mateus, também fez a entrega do novo tomógrafo do HRBA, um equipamento mais moderno, que permitirá fazer exames em menor tempo e com resolução de imagem superior. O novo aparelho entra em funcionamento na próxima segunda-feira (18). Segundo Hebert Morechi, o hospital faz, mensalmente, 500 exames de tomografias para usuários externos, além de suprir toda a demanda dos pacientes em tratamento. “Será maior qualidade aos nossos profissionais, que poderão ter a tecnologia a serviço do tratamento dos pacientes”, assegurou.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência para mais de 1,1 milhão de pessoas, oriundas de 20 municípios do oeste do Pará. É a unidade de saúde que menos referencia pacientes para outros centros, ao mesmo tempo em que é o hospital que mais agrega especialidades de alta complexidade. São 30, incluindo oncologia e neurocirurgia. O hospital é uma unidade pública e gratuita de saúde, pertencente ao Governo do Pará e administrado, desde 2008, pela entidade beneficente Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).