O programa de Telecardiologia do HCor – Hospital do Coração chega à marca de 550 mil laudos de eletrocardiograma à distância emitidos às equipes de atendimento do SAMU e das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de todo o país. Em média, são 15 mil exames analisados por mês. Em parceria com o Ministério da Saúde, através do Programa de Desenvolvimento Institucional (PROADI-SUS), o Programa, considerado uma ferramenta valiosa à disposição do SUS, vem contribuindo significativamente com a melhora diagnóstica e a redução de internações de pacientes em casos de infarto e arritmias.
O diferencial do programa é a rapidez no atendimento. “A emissão do laudo em até dez minutos é considerada um indicador de boas práticas em cardiologia. Essa agilidade é fundamental para realizar um tratamento efetivo em tempo hábil, ainda durante o transporte à unidade hospitalar, garantindo um menor índice de mortalidade”, destaca o cardiologista Fábio Taniguchi, coordenador do Projeto Boas Práticas em Cardiologia e Urgências Cardiovasculares do HCor – Hospital do Coração.
O Programa de Telecardiologia do HCor é considerado um dos maiores do Brasil, representando um grande avanço na assistência médica cardiológica em unidades de saúde localizadas em áreas remotas ou de difícil acesso do país. “Com ferramentas tecnológicas portáteis, processos de trabalho e profissionais habilitados, oferecemos a oportunidade de otimizar, em tempo real, o atendimento à população que depende exclusivamente do SUS, conectando estas equipes aos profissionais do HCor”, comenta.
Transmissão via celular
As unidades do SAMU são equipadas com um telefone celular e com um eletrocardiógrafo digital portátil, utilizados para o envio dos exames para a Central de Telecardiologia do HCor, em São Paulo. Os casos são analisados e discutidos por uma equipe médica do hospital, durante 24 horas por dia. Um laudo é emitido com a interpretação completa, retornando quase que imediatamente para a ambulância de origem, e oferecendo também ao médico do SAMU a possibilidade de discussão da melhor conduta terapêutica a ser adotada.