Um estudo realizado por uma equipe de cientistas brasileiros, entre eles Miguel Nicolelis, e americanos, na universidade de Duke, Estados Unidos, apontou a utilização de tecnologias como o Oculus Rift ou o VR, como alternativas terapêuticas no tratamento de pacientes paraplégicos. O equipamento seria usado como uma interface para utilização de um exoesqueleto.
A pesquisa, publicada na revista Nature, reuniu oito pacientes paraplégicos com lesões crônicas na medula espinhal e durou 12 meses, envolvendo mais de 2 mil sessões de terapia usando Oculus Rift e exoesqueletos para demonstrar que interfaces virtuais podem ser empregadas em terapias que visam restaurar a mobilidade.
Durante essas seções, o VR simulou o efeito de uma conexão neurológica com os membros inferiores e o sistema do exoesqueleto, movendo-o para criar um movimento real e deslocando o paciente.
Todos os oito envolvidos no estudo apresentaram recuperação após das sessões, desempenhando melhor controle muscular e o retorno da sensibilidade dos membros comprometidos, no entanto, a pesquisa, ainda em desenvolvimento, não pode ser considerada a cura para lesões na medula espinhal.
De acordo com os autores do estudo, os resultados sugerem que o emprego de tecnologia VR pode ser uma opção para auxiliar pacientes a recuperarem a mobilidade junto com o uso de próteses controladas pelo cérebro. Outro destaque apontado pelos pesquisadores é o potencial uso na recuperação recuperação parcial de funções neurológicas.