A indústria nacional de tecnologia assistiva, que engloba próteses e equipamentos usados por pessoas com deficiência, será incluída no trabalho de apoio às exportações da Apex-Brasil (de fomento ao comércio exterior).
O país tem hoje uma fatia de 18% do mercado global, atrás de Estados Unidos e Alemanha. “A ideia é multiplicar essa participação e tentar fazer a indústria nacional virar líder [no segmento]”, diz David Barioni Neto, presidente da agência.
Um plano de negócios que indicará potenciais mercados no exterior está em produção em parceria com a Abimo (de equipamentos médicos) e a Abridef (de produtos e serviços para pessoas com deficiência).
Dados prévios mostram que ao menos 30 grupos brasileiros do setor têm capacidade de exportação.
No primeiro semestre deste ano, os embarques de produtos de acessibilidade apenas na área de saúde, como próteses, cresceram 33% em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Abimo.
“O potencial é muito maior, pois empresas menores ainda têm dificuldades para exportar, como o custo de obtenção de certificações”, diz Clara Porto, da associação. O plano setorial deverá ser finalizado em 60 dias.
US$ 46,7 milhões foram as exportações brasileiras de tecnologia assistiva na área de saúde no primeiro semestre (cerca de R$ 170 milhões). US$ 35,1 milhões foram as exportações no mesmo período de 2014.