Segundo levantamento da Frost & Sullivan realizado este ano com CIOs (Chief Information Officer) de instituições de todo o país, cerca de 25% das instituições pretendem investir em prontuários eletrônicos do paciente (PEP), 33% em mobilidade e 47% em computação em nuvem.
São vários os benefícios quanto ao uso de dispositivos móveis para acesso ao prontuário eletrônico do paciente (PEP). A ferramenta leva conforto para a beira do leito do paciente, aumenta a produtividade da equipe e permite a médicos acompanhamento remoto das internações. Na farmácia, eles rendem produtividade e segurança. Mas, embora seja uma promessa para o futuro, o monitoramento a distância ainda não contribui para a tendência da redução das internações hospitalares, permitindo o acompanhamento médico a distância dos pacientes de baixa criticidade que hoje saturam o sistema e ampliam o custo dos tratamentos.
Para o gerente de TI do Hospital Samaritano, Klaiton Simões, em São Paulo, do ponto de vista da qualidade do cuidado o ideal seriam as unidades hospitalares se dedicarem aos casos de alta complexidade, com os demais pacientes tratados em casa.
Para o vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Nelson Wolosker, o uso atual da tecnologia móvel no sistema hospitalar é só uma amostra grátis do que virá nos próximos anos. A instituição acaba de lançar um aplicativo para tablets e smartphones, nas versões Android e iOS, para permitir a médicos acessarem PEP e exames de seus pacientes, sejam laboratoriais ou de imagem, além de informações como calculadoras médicas, tabelas e informações como custos de procedimentos e protocolos do hospital. A segurança do sistema é garantida pela arquitetura – nenhuma informação é armazenada no dispositivo móvel – e por autenticação numérica para o acesso de profissionais cadastrados no sistema.
No ano que vem, o módulo será oferecido também para médicos que não atuam no hospital, mas solicitam exames, assim poderá ser enviada uma tomografia para um smartphone em qualquer lugar do país.
A instituição deve triplicar seu investimento em TI dos atuais 3% para cerca de 7% do orçamento total anual e estuda a adoção de um novo sistema de prontuário eletrônico, mais amigável. Soluções de monitoramento remoto também estão no horizonte, mas, segundo ele, não é prioridade neste momento.
O Samaritano busca definição de políticas e configuração de aplicações para permitir acesso ao sistema Tasy, da Philips, por equipamentos pessoais dos profissionais – apesar do uso da certificação digital, a segurança exige a eliminação de módulos da solução residentes nos equipamentos. No ano passado, investiu para levar o posto de enfermagem ao leito do paciente com a aquisição de 20 carrinhos da Inventmade equipados com notebooks Dell e 12 tablets Motion laváveis, resistentes à queda, equipados com leitor de código de barras e utilizados em espaços menores que requerem maior mobilidade, como as Unidades de Terapia Intensiva e na Farmácia.
O casamento do Tasy com os carrinhos da Inventmade também foi adotado pelos hospitais Oswaldo Cruz (São Paulo) e Beneficência Portuguesa de Campinas. Segundo o gerente de TI do primeiro, Denis da Costa Rodrigues, o equipamento está sendo utilizado no centro cirúrgico e será usado em toda a área assistencial.