As gestantes do Hospital Nossa Senhora da Guia, maternidade 100% SUS mantida pela Santa Casa de Maceió, receberam um importante presente da instituição este ano: um confortável alojamento destinado às mães de bebês internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).
Além de cumprir a portaria Nº 930, publicada pelo Ministério da Saúde em 10 de maio de 2012, a Santa Casa de Maceió foi além e está oferecendo uma assistência exclusiva, não prevista na legislação.
A lei estabelece apenas que seja implantado um alojamento para hospedar as mães assistidas pelo SUS. O alojamento possui um ambiente confortável e acolhedor dotado de ar condicionado, dez leitos, televisão, armário pessoal, banheiro privativo, área de serviço e acompanhamento realizado por uma equipe multidisciplinar da maternidade.
“É um investimento que inclui ainda as três refeições diárias, assim como a estrutura do refeitório para lanches. Assim, buscamos oferecer conforto à mãe enquanto espera a alta do seu bebê”, resumiu Ana Cláudia Lima, gestora administrativa do hospital.
Ela lembrou que as mães têm direito a acompanhante e os pais acesso livre ao bebê fora do horário de visita.
Vantagem para o bebê
Questionada sobre a importância do alojamento conjunto também para o recém-nascido, a pediatra Ana Cláudia Dowsley enfatiza que a presença da mãe e a amamentação aumentam o vínculo mãe-filho.
“Ao oferecer o peito ao bebê de forma contínua, sem interrupção, ocorre o aumento nos níveis de prolactina e ocitocina, o que faz o organismo produzir mais leite”, diz Dowsley. Se a quantidade for maior do que o que o recém-nascido precisa, esse excedente pode até ajudar outras crianças da UCI.
Ana Cláudia Dowsley fez questão de finalizar sua fala orientando as mães a manterem a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses e evitarem oferecer à criança chazinhos, água, sucos, fórmulas de leite infantil, chupetas ou mamadeiras.
“Somos um Hospital Amigo da Criança e um dos nossos compromissos para com o Unicef e o Ministério da Saúde é atender aos 10 passos da amamentação, que inclui abolir chupetas, mamadeiras e fórmulas infantis e estimular a amamentação exclusiva desde as primeiras horas de vida da criança”, comentou Dowsley.