O Ministério da Saúde anunciou em dezembro a compra de três supercomputadores que vão ampliar em até dez vezes a capacidade de armazenamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento da pasta com os processadores foi de R$ 67 milhões. A expectativa é que a expansão permita a unificação de todos os sistemas de informática da saúde, possibilitando a integração do uso de recursos e do histórico de atendimento de pacientes em todo o país.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defende que os novos equipamentos representam redução de gastos públicos por meio da manutenção dos sistemas e da melhoria da gestão. A pasta também aposta que os supercomputadores devem colaborar para um atendimento mais rápido do cidadão por meio do prontuário eletrônico, do Cartão Nacional de Saúde e do Registro Eletrônico em Saúde, entre outros serviços informatizados nacionalmente.
“Recebemos agora os equipamentos, fruto de uma licitação que foi feita em janeiro. E esperamos que, com a licitação do software, consigamos implantar todo o sistema o mais breve possível”, afirmou. “Precisamos que eles [estados, municípios e entidades filantrópicas] nos enviem corretamente as informações.”
O ministério informou que, antes da compra dos supercomputadores, a capacidade de uso de processamento dos servidores estava em torno de 92%. Com a aquisição das máquinas, o número foi reduzido para uma média de 15% a 20% em horários de pico, permitindo o aumento da velocidade no processamento das informações.
A estimativa da pasta é que a implantação da nova plataforma gere uma economia de 10% a 20% dos gastos com atenção básica – algo em torno de R$ 7 bilhões a R$ 14 bilhões.
Prontuário eletrônico
Termina no próximo sábado (10), o prazo dado pelo governo para a adoção do prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde. Por meio da plataforma digital, a previsão é que todos os serviços de saúde do município possam acompanhar histórico, dados e resultados de exames dos pacientes, além de verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos e registrar visitas de agentes de saúde.
A transmissão de dados da rede municipal para a base nacional permite ainda que o ministério verifique online como estão sendo investidos os repasses feitos pela pasta ao município.
“Recebendo essa informação, saberemos quantos brasileiros já estarão integrados ao nosso sistema nacional e saberemos o que cada município precisa de apoio, sejam computadores, conectividade ou qualificação de profissional, para que eles possam se integrar ao sistema nacional”, concluiu o ministro.
Fonte: Agência Brasil