Câmera fotográfica, filmadora, GPS, bússola e outras funcionalidades, úteis ou não, já são atribuídas aos smartphone, no entanto, a multifuncionalidade do aparelho nunca havia chegado tão longe. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Suécia desenvolveram um kit capaz de verificar o código genético das pessoas usando o celular. No dispositivo há uma enzima capaz de multiplicar o tamanho de fragmentos de DNA em até 1.000 vezes.
Os pesquisadores realizaram testes com o DNA de pacientes com tuberculose e, de acordo com eles, um em cada quatro pacientes não responde ao tratamento com medicamentos.
Tradicionalmente, o diagnóstico de resistência aos tratamentos demora algumas semanas para ser concluído, enquanto o novo método precisa somente de algumas horas para fornecer os resultados.
As enzimas presentes no equipamento são capazes de encontrar o fragmento exato do DNA e, caso a mistura brilhe de determinada cor, o paciente é resistente aos remédios. “Em testes, as imagens do smartphone e as do laboratório eram indistinguíveis”, explicam os pesquisadores. Os responsáveis pelo estudo acreditam que o acessório pode custar cerca de US$ 500, bem menos do que custam os equipamentos de laboratório.
Apesar dos benefícios, ainda há uma série de desafios. O sistema só consegue testar uma doença por vez. Outro desafio é construir um dispositivo que possa ser adaptado a todos os smartphones.