O Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês concluiu a fase de testes e se tornou a primeira instituição brasileira a utilizar o sistema sanguíneo Intercept de forma rotineira para o fornecimento de plaquetas com patógenos reduzidos.
A novidade permite ampliar a utilização de plaquetas, mesmo com a identificação de patógenos como Zika, dengue, febre amarela e chikungunya, auxiliando na manutenção dos estoques do hemoderivado e sem comprometer a segurança dos pacientes. Isso é possível porque o sistema inativa o DNA e o RNA das células, bloqueando o processo de replicação e impedindo que vírus, bactérias e parasitas sejam capazes de provocar doenças.
“Esse combate não serve apenas para agentes conhecidos e tradicionais, como Zika, febre amarela e dengue, ou em casos de janela imunológica do HIV e hepatites. Trata-se de uma proteção completa, capaz de prevenir contra agentes que ainda são desconhecidos ou que sequer estejam no foco naquele momento. O sistema utilizado já era seguro, mas mirava o presente, com a proteção dos vírus conhecidos. A partir desta nova tecnologia, será possível se preparar para o novo, em relação a agentes ainda desconhecidos”, explica o Dr. Silvano Wendel, diretor do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês.
Antes de ser colocado em uso, o Intercept passou por uma fase de testes, validação e qualificação específica por aproximadamente dois meses e meio. Durante o período, um grupo de dez profissionais, formado por médicos, farmacêuticos, biomédicos e equipe de enfermagem, foi treinado para a aplicação da tecnologia.