O Dia Mundial da Osteoporose, comemorado em 20 de outubro, chama atenção para o problema que atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose – IOF, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerá uma fratura osteoporótica ao longo da vida. Há tratamentos disponíveis capazes de deter e, até mesmo, reverter o quadro de baixa massa óssea, porém menos de 10% dos pacientes fraturados recebem algum tipo de tratamento.
“A osteoporose é uma doença silenciosa porque evolui sem sintomas. Ela causa a fragilidade dos ossos e fraturas espontâneas. A osteoporose atinge, principalmente, as mulheres, a partir da menopausa, podendo ocorrer também em homens”, observa o coordenador do Serviço de Densitometria Óssea do Mater Dei, Bruno Muzzi Camargos. O médico é membro da Comissão Nacional de Osteoporose da Febrasgo, conselheiro científico da International Osteoporosis Foundation e presidente do Painel Ibero-Americano da International Society for Clinical Densitometry – ISCD.
Ciente da importância de capacitar o médico e demais profissionais de saúde em uma área da medicina que evolui rapidamente, a Rede Mater Dei de Saúde realizou, em 1º de outubro, o I Curso de Osteoporose Aplicada. A atividade contou com 266 médicos de diferentes especialidades e teve como objetivo trazer a prevenção e o tratamento da osteoporose para o dia a dia do consultório médico.
Integrando serviços de ortopedia, geriatria, ginecologia, clínica médica, endocrinologia, reumatologia e imaginologia, o Mater Dei criou um fluxo de atendimento que visa evitar a doença e não deixar de tratar pacientes que já tenham experimentado fraturas por fragilidade. Bruno Muzzi Camargos explica que “o objetivo é evitar fraturas e garantir que os pacientes já fraturados sejam conduzidos de acordo com as evidências científicas atuais”.
Para oferecer atendimento diferenciado e mais especializado aos pacientes, o Serviço de Densitometria Óssea teve o atendimento ampliado e conta com uma inovação tecnológica pioneira no Brasil. Disponível no Mater Dei Santo Agostinho desde 2015 e agora também presente no Mater Dei Contorno, a tecnologia conhecida como Trabecular Bone Score – TBS – mede a qualidade óssea. Esta informação, aliada à medição da massa óssea e aos fatores de risco para fraturas, permitem selecionar pacientes que, mesmo sem terem sofrido fraturas, possam ser precocemente abordados e tratados. O que confere maior sucesso do tratamento.
A equipe da densitometria óssea participou do primeiro estudo de validação internacional da tecnologia TBS junto à International Osteoporosis Foundation e a Rede Mater Dei de Saúde é o único serviço médico de Belo Horizonte capacitado para oferecer este recurso inovador aos pacientes. Além do TBS, a Rede adquiriu um densitômetro dimensionado para avaliar, além da massa óssea, a composição corporal dos pacientes de até 200 quilos de peso. Útil para pacientes em programas de emagrecimento e atletas, a tecnologia permite a quantificação da massa muscular e da gordura visceral, intimamente ligadas ao risco cardiovascular e à sarcopenia, que é a perda de músculo relacionada à idade.