No final de janeiro foi lançado o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE), em evento realizado no Senai Cimatec, em Salvador (BA). O objetivo do programa é criar sinergias entre os produtores, fornecedores e financiadores dessa atividade para aumentar a exploração e produção, visando uma indústria de E&P terrestre forte e competitiva, com produção crescente e com pluralidade de operadores e fornecedores de bens e serviços.
O evento contou com a presença do ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho. Segundo ele, as centenas de empresas que atuam na produção onshore devem ser valorizadas, pois geram milhares de empregos no interior do país. “Um poço que produz 2, 3, 5 mil barris ao dia, no interior do Nordeste, é tão importante quanto um poço do pré-sal que gera 50 mil barris ao dia”, disse, durante a cerimônia de lançamento.
A produção atual Onshore (em terra) no Brasil é de 143 mil barris diários de óleo e 26 milhões m3/dia, em 8 estados. A proposta do REATE é que essa produção atual possa triplicar até 2030, chegando aos atuais patamares Onshore de Argentina e Equador, algo em torno de 500 mil barris diários. Além disso, a iniciativa pode ajudar a levar a exploração e produção no dobro de Estados, gerar mais de 10 mil novos empregos diretos e indiretos e movimentar a economia de centenas de municípios. Também é uma meta do programa aprimorar o ambiente de produção competitiva de gás natural, de modo a dar suporte a um desenvolvimento industrial regional, notadamente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil.
“Estamos juntando uma série de oportunidades, em todos os tipos de áreas de exploração e agora temos a ideia de lançar esse programa, ouvindo a indústria para poder aumentar sua participação, casando com a oportunidade de desmobilização de ativos da Petrobras. Estamos vendo de que forma podemos dinamizar essa produção”, afirmou Coelho Filho.
Em seu discurso, o ministro destacou que a gestão do presidente Michel Temer tem trabalhado para dar ainda mais competitividade ao nosso país, com enormes potenciais, em um momento de forte competição mundial da indústria petroleira, com a flexibilização de regras do setor em curso em diversos países. Segundo o ministro, a pauta de aprimorar o ambiente de negócios na indústria do petróleo terrestre é antiga no setor.
Na cerimônia de abertura do evento, participaram o secretario de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner; o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Décio Oddone; o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Ricardo Alban e autoridades do setor.
Após a abertura, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Márcio Félix, apresentou painel sobre o REATE. Em sua fala, ele destacou as frentes estratégicas do Reate: Consolidação, Atração e Diversificação de Operadores; Adequação Regulatória e Disponibilidade de Bens e Serviços
Segundo o secretário, a elaboração das diretrizes iniciais do programa deve ser concluída até o mês de março. Em meados de abril, uma proposta deverá ser colocada em consulta pública, e as definições das diretrizes devem ser concluídas antes de junho, para serem submetidas a próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
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