Reforçando a sua preocupação com a segurança e o bem-estar de gestantes e bebês, o Hospital Mãe de Deus aderiu à segunda fase do Programa Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) com apoio do Ministério da Saúde. A iniciativa propõe a elaboração de estratégias que visam a melhorar o modelo de atenção ao parto, reduzindo especialmente o número de cesáreas desnecessárias em diversas instituições do setor no país. Atualmente, o Mãe de Deus realiza cerca de 200 partos/mês, destes 27% são partos vaginais.
De acordo com a gestora do projeto na instituição, enfermeira Perla Di Leone, uma série de ações estão previstas a fim de promover o chamado parto normal e aprimorar a assistência antes, durante e depois do procedimento. O cronograma de preparação acontece atualmente envolvendo os serviços de Obstetrícia, Maternidade e UTI Neonatal. Através projeto, busca-se diminuir possíveis riscos e eventos adversos decorrentes de um parto não adequado, seja ele vaginal ou cesariana. Os primeiros resultados da iniciativa no Hospital Mãe de Deus são esperados para a partir de 21017.
Seguindo uma metodologia específica, as ações incluem capacitações das equipes multidisciplinares, adequação de ambientes, estímulo à participação de acompanhantes, visitas guiadas à maternidade durante o pré-natal, avaliações de experiência dos pacientes, revisão de práticas de atendimento, entre outras. Também serão aplicados indicadores para acompanhar a realização de partos adequados, assim como índices de satisfação e bem-estar. “Boa parte destas práticas já fazem parte de nossas rotinas. De toda forma, iremos promover uma mudança estrutural e cultural, envolvendo todos os atores que integram este processo”, comenta Perla Di Leone.
O Parto Adequado utiliza um sistema internacional para monitoramento de cesarianas chamada Classificação Robson. Recomendado pela Organização de Saúde, a ferramenta relaciona 10 diferentes grupos de gestantes considerando itens como antecedentes obstétricos, número de fetos, apresentação fetal e idade gestacional. Desta forma, define-se a real necessidade de realização de cesariana.
A adesão do Hospital Mãe de Deus ao programada irá focar os quatro primeiros grupos da Classificação Robson: 1) gestantes nulíperas (primeiro filho) com feto único, 37 semanas e em trabalho de parto espontâneo; 2) nulíperas com feto único, 37 semanas, cujo parto é induzido ou que são submetidas à cesárea antes do início do trabalho de parto; 3) multíperas (que já teve filho) sem cesárea anterior, com feto único, 37 semanas, em trabalho de parto espontâneo; 4) multíperas com feto único, sem cesárea anterior, 37 semanas, cujo parto é induzido ou que são submetidas à cesárea antes do início do trabalho de parto. O objetivo da instituição é alcançar 40% de partos vaginais até 2018.