Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicou que cerca de 1 milhão de novos casos de câncer devem ser diagnosticados neste ano e no próximo. O instituto confirmou, porém, que a prevenção e a detecção precoce fazem cair a incidência câncer de pulmão e de colo útero entre os brasileiros.
Segundo com o documento Estimativa 2014, o câncer de pulmão, que está diretamente relacionado ao tabagismo – cerca de 80% dos casos –, é o tipo mais frequente e letal na população mundial. No Brasil, no entanto, as taxas de incidência vêm se reduzindo – para este ano, estão previstos cerca de 27 mil novos casos.
Com mais acesso a exames preventivos, as taxas de câncer de colo de útero na população feminina também caíram no Brasil, passando para risco de 15 casos em cada 100 mil habitantes. Com isso, essa variedade da doença deixa de ser a segunda mais prevalente entre as mulheres e troca de posição com o câncer colorretal, antes no terceiro lugar. Permanece como o mais frequente o câncer de mama.
De acordo com o Inca, a partir de agora, o país tem como desafio baixar as taxas de câncer de colo de útero na Região Norte, que tem a mais alta de taxa de prevalência no país, de 35 casos para 100 mil habitantes, na comparação com a média nacional, de 23,5 casos.
Entre os homens, por região, o Inca destaca a frequência do câncer de próstata, o primeiro em número de casos, depois do câncer de pele e do de estômago, principalmente no Norte e no Nordeste. A doença está ligada às condições de conservação precária de alimentos, como a “salga agressiva”, além de infecções causadas por problemas de saneamento.
O especialista informa que 70% dos casos de câncer são decorrentes de maus hábitos, como o fumo, a falta de exercícios físicos, a alimentação e o excesso de bebidas alcoólicas.