Ir ao médico, fazer exames e receber uma receita para comprar medicamentos não satisfaz mais os pacientes da nova era. Segundo a pesquisa Jornada Digital do Paciente, realizada com 3.860 usuários do Grupo Minha Vida, maior grupo de comunicação com foco em saúde e bem-estar do Brasil, 4 entre 5 dos respondentes relatam buscar informações antes e/ou depois de uma consulta médica. Com mais acesso a informações, graças à inclusão digital, os pacientes pesquisam sobre os sintomas e vão mais preparados para o atendimento médico. Ao sair da consulta, eles também buscam sobre resultados de exames e informações sobre medicamentos e tratamentos receitados.
Esses dados refletem a realidade do brasileiro que, graças à popularização dos smartphones, está muito mais conectada. De acordo com o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014[i], o número de domicílios brasileiros com conexão à internet passou de 48% para 54,9%. Pela primeira vez o uso do telefone celular para acessar a internet ultrapassou o do computador no Brasil, representando 80,4% versus 76,6%. O maior alcance à internet, principalmente por meio de celulares, indica que a busca por informação está muito mais acessível. A pesquisa Jornada Digital do Paciente focou sua análise inicial na mulher de 35 a 59 anos da classe C. Para 97,9% das pessoas deste público a internet é a principal fonte para se informar sobre saúde e bem-estar. Outros canais apontados foram TV (56,1%) e revistas (54,8%). Os médicos aparecem em quarto lugar, com 44,7% das indicações.
A pesquisa também mostra que as mulheres mais jovens da classe C são mais adeptas a buscar informações sobre saúde na internet do que as mais velhas. Aquelas que afirmaram não buscar por informação sobre saúde na internet antes ou depois da consulta médica representam 12,6% das respondentes entre 18 e 34 anos; 18,8% entre 35 e 59 anos; e 24,4% acima de 60 anos. Márcia Netto, diretora de produtos do Minha Vida explica que esse comportamento é recorrente: “Temos uma base de usuários bem extensa, com a mais de 25 milhões de visitantes mensais, e costumamos realizar grandes pesquisas anuais sobre saúde, alimentação e beleza, que nos ajudam a entender as necessidades, percepções e hábitos desse público. Em todos os nossos levantamentos fica claro que as gerações mais novas, até pela familiaridade com as novas tecnologias, são muito mais ativas nos meios digitais e a pesquisa mostra que isso também é verdade quando falamos em saúde. Mesmo sabendo que os problemas de saúde tendem a aumentar com a idade”.
De acordo com a pesquisa, os principais assuntos procurados em saúde pelo público analisado são doenças (67,6%) e sintomas (66,6%). O grande volume de informação na rede sobre o assunto pode ser preocupante, pois nem sempre as fontes buscadas são confiáveis. As principais procuras sobre saúde são nos buscadores (81%), sites especializados – como o Minha Vida – (78,6%), e redes sociais (34,2%). “O Minha Vida sabe que nem sempre as pessoas se preocupam em aprofundar sobre a origem daqueles dados, e podem estar expostas a informações equivocadas. Por isso, a nossa missão é oferecer conteúdos confiáveis e acessíveis para os usuários em nossas fontes de audiência. Por isso trabalhamos muito para nos manter como os primeiros resultados da maioria das buscas orgânicas sobre saúde no Google”, explica Márcia.
Merece atenção, ainda, a questão de que 56,5% das mulheres de 35 a 59 anos da classe C já usaram a internet para “se diagnosticarem” sobre uma doença ou condição. Esse número é mais alto entre as mais jovens dessa classe social, chegando a 64,7% em respondentes de 18 a 34 anos da classe C, e mais baixo entre as que têm mais de 60 anos (40,2%). Apesar disso, a recomendação médica ainda é levada muito à sério, já que, apesar da grande quantidade de informações disponíveis, apenas 14,2% do público-alvo da análise afirmam ter mudado ou abandonado um tratamento médico após encontrar informações na internet.
Em média, 1 em cada 4 respondentes da pesquisa já agendou consulta médica pela internet, 1 em cada 3 já comprou medicamentos online e 21,4% das mulheres de 35 a 59 anos da classe C mantém contato com seu médico por mensagens instantâneas. Essas informações reforçam que os meios digitais estão moldando a nova geração e exigindo adaptação da dinâmica entre médicos e pacientes.