Uma nova pesquisa levanta a perspectiva de que os futuros tratamentos contra o ebola já podem ser encontrados em drogas disponíveis atualmente. Até agora, o vírus já infectou 18.603 pessoas e matou quase 7 mil.
Uma vacina já se encontra em ensaios clínicos em seres humanos, mas também é necessária uma droga que cure quem já está infectado, como o ZMapp. Extraído da folha do tabaco, o medicamento foi usado em alguns pacientes com ebola, mas os recursos disponíveis estão acabando e os testes (demorados) não estão obedecendo a um padrão correto.
Correndo contra o tempo, alguns cientistas decidiram que a maneira mais eficientes para conter o avanço da doença é distribuir drogas que podem causar efeitos em pacientes com ebola e acompanhar se sua aplicação tem resultado eficaz.
Em um estudo aplicado na revista “Nature Emerging Microbes and Infections”, pesquisadores da Escola de Medicina Monte Sinai e do Instituto Nacional de Saúde, afirmaram que já identificaram 53 compostos que podem ser promissores na luta contra a doença. A equipe usou computadores de alta tecnologia para fazer uma varredura através de uma biblioteca de 2.816 medicamentos no banco de dados da “Food and Drug Administration”, agência de regulação do setor americana, para checar os remédios já disponíveis para uso.
O método, que utiliza uma partícula semelhante a vírus que continha proteínas do ebola, foi calibrado para identificar drogas que possam impedir o ebola de infectar as células humanas em 50%. Entre esses 53 compostos promissores estão aqueles usados em medicamentos contra o câncer, anti-histamínicos, antibióticos e antidepressivos.
Os compostos serão testadas em animais para ver os efeitos que eles têm contra o ebola, assim como outras possíveis alterações. Se um medicamento se mostrar comprovadamente seguro e eficaz, o governo americano poderá usá-lo no combate a doença.