• Grupo Mídia
  • Healthcare Management
  • HealthARQ
  • Health-IT
  • Eventos GM
  • SAHE

Saúde OnlineSaúde Online A Saúde em tempo real

Saúde Online
  • Saúde Online – A Saúde em tempo real
  • BELEZA
  • FAMÍLIA
  • FITNESS
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • CUIDADOS MÉDICOS
Home / Saúde Online / Paradoxo perinatal: Mortalidade materna cai no Brasil, mas não atingirá meta da ONU

Paradoxo perinatal: Mortalidade materna cai no Brasil, mas não atingirá meta da ONU

Saúde Online 1,189 Visualizações

Compratilhar
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

Artigos Relacionados

Coletor menstrual e condutor urinário, dois parceiros para a saúde feminina

Ministro da Saúde diz que vai deixar o cargo para disputar a eleição

Siegbert Zanettini, arquiteto com mais de 60 anos de atuação no mercado da Saúde, fala sobre a busca por soluções mais apropriadas para a sustentabilidade dos edifícios hospitalares

Carlos Eduardo Gouvêa, do IES, fala sobre as ferramentas de Governança e Compliance como estratégia para garantir a sustentabilidade do mercado de saúde

 

A mortalidade materna vem atingindo menos mães a cada ano no Brasil, mas o ritmo de queda não será suficiente para que o país alcance até o fim do ano o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) neste quesito.

Entre os fatores apontados como barreiras para que o risco estão a altíssima taxa de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias, a falta de treinamento de equipes especializadas e a proibição do aborto.

Em 2013, 65 mil mulheres morreram no Brasil por complicações ao dar à luz, durante ou após a gestação ou causadas por sua interrupção.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 62 casos a cada 100 mil nascimentos.

A meta estabelecida até o fim deste ano pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da ONU, era chegar a uma taxa de 35 mortes por 100 mil nascimentos.

De 1990 para cá, a taxa caiu quase pela metade, mas a redução não será suficiente para que se consiga cumprir a meta.

“Provavelmente não chegaremos aos 35, mas todo o esforço está sendo feito para que continue a haver uma redução”, diz Teresa de Lamare, diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde.

Ela diz que a meta será atingida, ainda que seja necessário um prazo maior.

“O importante é a tendência que estamos seguindo. O Brasil vem reduzindo a mortalidade materna e isso indica uma melhoria do sistema, qualidade da informação, equipes fortalecidas dentro do hospital e um pré-natal melhor”, diz ela, ressaltando ações que vêm sendo tomadas pelo Ministério da Saúde, sobretudo dentro da Rede Cegonha, criada em 2011.

Paradoxo perinatal

De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, a taxa média de mortalidade materna em países desenvolvidos era de 16 em 2003, enquanto em países em desenvolvimento pulava para 230. O avanço no Brasil foi considerado significativo.

Sônia Lansky, coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, concorda que houve uma redução importante ao longo dos últimos 15 anos, mas considera o ritmo da queda incompatível com o desenvolvimento socioeconômico do país no período e com o nível de oferta do sistema de saúde.

“É o paradoxo perinatal brasileiro. Apesar da intensa medicalização do parto, há persistência de elevados índices de mortalidade materna. O índice de acompanhamento pré-natal aumentou muito, é satisfatório; o parto é hospitalar, feito por profissionais habilitados. A questão que fica como desafio, portanto, é a qualidade.”

A advogada Beatriz Galli ressalta o mesmo paradoxo, apontando que a cobertura pré-natal hoje abrange 91% das grávidas, e que 98% dos partos são realizados em hospitais, números que não parecem condizentes com taxas de mortalidade ainda altas.

“Esta inconsistência sugere atenção pré-natal e ao parto de baixa qualidade”, diz ela, assessora de políticas para a América Latina do Ipas, ONG que atua globalmente na área de direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres.

Entre os entraves para que os riscos para a mulher diminuam, considera Galli, estão a má-formação de profissionais, a falta de acesso a serviços qualificados de urgência e emergência e o excesso de uso de tecnologias sem evidências científicas de sua necessidade.

Violência obstétrica

“De dois anos para cá, temos discutido muito o conceito de violência obstétrica, que é um dos grandes responsáveis por mortes maternas no Brasil”, avalia Paula Viana, coordenadora da ONG Curumim, que trabalha com direitos sexuais e reprodutivos no Recife.

Exemplos de violência obstétrica, para Viana, são o uso sem parcimônia de medicamentos como a ocitocina para acelerar o trabalho de parto vaginal – o que pode aumentar o risco de hemorragia; o modelo “hospitalizador” estabelecido como paradigma para o parto, com o médico no centro da equipe; e a falta de espaço para profissionais como enfermeiras obstetras e doulas – que abririam espaço para boas práticas com menores intervenções, por exemplo, recorrendo inicialmente a massagens e exercícios para aliviar a dor.

As principais causas de mortalidade materna são hemorragia, hipertensão, infecção e aborto. Mas especialistas são unânimes em dizer que a alta taxa de cesáreas no país é um dos vilões por trás dessas causas.

De acordo com o obstetra Marcus Dias, professor da pós-graduação do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e pesquisador da Fiocruz, o procedimento traz três vezes mais risco de morte materna do que o parto normal.

“O Brasil tem um milhão de cesarianas desnecessárias todos os anos. Essa cifra significa que estamos expondo mulheres a um maior risco reprodutivo”, afirma. “Se for ter uma nova gestação, esta carrega um risco pela cicatriz uterina anterior.”

Excesso de cesáreas

A média de cesárias realizada por ano no Brasil é de 46,6%, mais de três vezes acima dos 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Na rede privada, a taxa chega a 85%.

Sônia Lansky diz que é preciso descontruir o mito criado no Brasil de que cesáreas são melhores para a mulher.

“É uma questão cultural brasileira que foi banalizada. Como se a cesariana diminuísse os riscos e aumentasse a segurança para a mulher. Mas ela tem efeitos adversos para a mãe e para o bebê, como o de não respeitar sua hora de nascer, o que está levando a um aumento de prematuros no Brasil.”

Teresa De Lamare, do Ministério da Saúde, diz que o governo vem tomando diversas medidas mudar esse modelo, abarcadas pela Rede Cegonha, programa lançado em 2011 e que busca incentivar o parto normal assistir a mulher do planejamento familiar ao pós-parto.

Ela ressalta também a parceria firmada com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): em janeiro, a agência reguladora dos planos de saúde lançou resolução determinando que os percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais realizados por estabelecimento de saúde e por médico sejam informados às grávidas.

A correta atenção pré-natal é essencial para reduzir o número de mortes causadas por síndromes hipertensivas. Além disso, para Paula Viana, a experiência de parteiras tradicionais deve ser mais bem aproveitada para colaborar com o sistema de saúde no diagnóstico precoce de complicações.

De todos os fatores de risco, o aborto é o que menos depende do sistema de saúde, esbarrando na legislação que só permite o procedimento em caso de estupro, feto anencéfalo ou risco à saúde da mulher.

Abortos

As projeções variam, mas estima-se que entre 800 mil e 1,2 milhão de mulheres fazem abortos a cada ano, em casa ou em clínicas clandestinas. E dia sim, dia não, uma mulher morre porque o procedimento deu errado.

“É muito perverso. Elas tomam a decisão sozinha, escondem da família, escondem do sistema de saúde. E se dá errado evitam procurar um hospital com medo de serem criminalizadas”, afirma Sônia Lansky, lembrando o caso recente em São Paulo em que um médico denunciou à polícia uma mulher que fizera um aborto, contrariando a ética médica de manter o sigilo próprio da relação com pacientes.

A prática de denúncia por profissionais de saúde não é nova, diz Beatriz Galli.

“Existe discriminação, estigma e violência institucional na atenção para mulheres em situação de aborto nos serviços de saúde, o que está relacionado à clandestinidade do aborto e à prática de denúncia das mulheres à polícia por parte de profissionais de saúde em serviços públicos brasileiros.”

Teresa de Lamare afirma que o Ministério da Saúde preconiza que essas mulheres sejam atendidas, sem espaço para o juízo de valor.

“Nossa preocupação é salvar vidas. As outras questões dizem respeito à Justiça. Nossa responsabilidade é que elas sejam bem atendidas.”

 

Compratilhar
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
Anterior Hospital 9 de Julho investe R$ 1 mi em Hemodiálise
Próxima MV Experience Fórum chega à sua sexta edição

Veja também

A quem interessa a transparência? – Por Josenir Teixeira

Uma coisa transparente é aquela que permite se ver do outro lado através dela. É …

O que você procura no site?

Encontrar Médicos

Saúde Online - Medical Care

Encontrar Clínicas

Saúde Online - Medical Care

Encontrar Hospitais

Saúde Online - Medical Care

Encontre-nos no Facebook

  • Recente
  • Popular
  • Comentários
  • Tags
  • As buscas do ano no Google: o que os brasileiros quiseram saber em 2021

  • Retrospectiva 2021: Spotify divulga a aguardada lista dos mais ouvidos do ano

  • A importância de decorar também com móveis!

  • Por que devo fazer intercâmbio? Conheça as vantagens da experiência!

  • Suíça é o destino perfeito curtir a temporada de inverno na Europa

  • Conheça as vantagens dos carros elétricos

  • Brasil é o Top 1 mundial em número de cirurgias plásticas

  • Bianca Lopes é eleita Miss Universo São Paulo em noite de gala em Ribeirão Preto

  • Maternidade em Olinda (PE) ganha novos leitos e salas de parto

    340,963
  • Dez Coisas que você precisa saber sobre cateterismo cardíaco

    255,623
  • Coletor menstrual e condutor urinário, dois parceiros para a saúde feminina

    205,504
  • TOTVS apresenta Carol, seu novo sistema de AI

    166,627
  • Dimas Tadeu Covas é o novo diretor do Instituto Butantan

    160,702
  • Hospital Albert Sabin inaugura sua nova UTI

    126,686
  • 7 procedimentos de primeiros socorros que você precisa saber

    122,031
  • Brasileiro associa câncer a fatores hereditários, mas não tem acesso a exames ou aconselhamento genético

    106,994
  • RickDueld: darknet markets dark market 2022...
  • pcwf98: best ed pills online top ten canadian pharmacies best online prescription drug s...
  • Dvslrw: lyrica without prescription - furosemide 100mg without prescription azithromycin...
  • Normandus: dark web market list dark web market...
  • Drodsf: pregabalin us - cetirizine 10mg over the counter buy zithromax 500mg for sale...
  • emcm64: canadian online pharmacy reviews canadian online pharmacies myprimemail.com your...
  • BobyGaf: dark web market dark market url...
  • ปรุงอาหาร: Hi there are using Wordpress for your site platform? I'm new to the blog world b...
Grupo Mídia saúde Coronavírus tecnologia Fórum Healthcare Business Gestão TI em Saúde Covid-19 SAHE 2018 SAHE Ministério da Saúde SUS direto da redação inteligência artificial reforma inauguração healtharq economia ampliação Ricardo Barros pandemia Ribeirão Preto são paulo obra planos de saúde

SAÚDE ONLINE



A plataforma Saúde Online Net. Unidade de Negócios do Grupo Mídia. Traz, em tempo real, as principais notícias focadas em gestão e negócios para a saúde. Na plataforma Saúde Online Net são mostradss importantes fatos ocorridos em todo o Brasil e no exterior, além de análises de mercado de importantes especalistas colunistas do portal, cumprindo seu papel de comunicador, o Saúde Online Net também traz a cobertura dos principais eventos do setor.


Matriz:
Av. Braz Olaia Acosta, 727
Bairro: Jardim California
Ribeirão Preto – SP
14026-040, 21º andar,
Edifício Office Tower

Telefone: +55 16 3913 - 9800

e-mail: contato@saudeonline.net






TAGS

Alimentação ampliação ans arquitetura bem-estar Coronavírus Covid-19 crise cuidados direto da redação economia Excelência da Saúde 2017 Fórum HealthARQ Fórum Healthcare Business Gestão Grupo Mídia healtharq healthcare management hospital Hospital Sírio Libanês inauguração inovação inteligência artificial Ministério da Saúde obra obras Operadoras de saúde pandemia planos de saúde prontuário eletrônico Prêmio Excelência da Saúde 2017 reforma Ribeirão Preto Ricardo Barros SAHE SAHE 2018 saúde saúde suplementar SUS sustentabilidade são paulo tecnologia TI em Saúde UTI viagem

Atualidade

  • As buscas do ano no Google: o que os brasileiros quiseram saber em 2021

  • Retrospectiva 2021: Spotify divulga a aguardada lista dos mais ouvidos do ano

  • A importância de decorar também com móveis!


NEWSLETTER

Agenda

junho 2025
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  
« dez    


Siga-nos

© Copyright 2025. Plataforma Saúde Online Net. Unidade de Negócios do Grupo Mídia. Comunicação é a nossa vida. Todos os direitos reservados.