Uma publicação recente divulgada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que, pacientes da terceira idade são os que mais se beneficiam com novos tipos de tratamento e terapias desenvolvidas pelo setor de saúde. No entanto são os menos impactados pelas ferramentas digitais desenvolvidas devido a falta de aplicativos direcionados para esse público.
O levantamento ouviu 4.355 idosos sobre a utilização de tecnologia entre 2011 e 2014, e mostra que, embora 76% desse total afirme utilizar telefones celulares e 64% computadores, apenas 16% realizam algum tipo de busca sobre informações de saúde.
Esse número pode ser ainda menor se contabilizada a porcentagem de idosos que usam ferramentas digitais para preencher prescrição médicas chegando a 8%. Para contatos clínicos, 7% e para acompanhar ou contatar o seguro de saúde somente 5%.
A diferença entre os anos de 2011 e 2014 foi mínima: apenas 21% haviam usado qualquer tipo de ferramenta de Saúde Digital em 2011, enquanto 25% afirmaram fazê-lo três anos depois.
Segundo os pesquisadores, a “Saúde Digital” não está atingindo a maioria dos idosos e está associada com as disparidades socioeconômicas, suscitando preocupações sobre sua capacidade de melhorar a qualidade, custo e segurança dos seus cuidados de saúde.