O Connected Hospital, evento promovido pela SAHE, no dia 15 de março, em São Paulo, começou com um tema muito discutido entre profissionais de TI em Saúde e que que vem se tornando, cada vez mais, o maior diferencial competitivo para as organizações de saúde no Brasil. Com o tema, “oportunidades e tendências para inovação em Saúde”, o professor do Insper e head do capítulo Brasil do Hacking Health, Gib de Medeiros, abordou os diferentes modelos de inovação aplicados no setor e suas possibilidades.
De acordo com o especilista e PhD, vemos a necessidade de atuação em problemas significativos em nossa sociedade, no entanto, nem sempre essa atuação é fomentada de maneira voluntária, muitas vezes é necessário que uma catástrofe ocorra para que a sociedade comece efetivamente a fazer algo. “Na área de saúde isso também é comum, principalmente quando relacionado às contas, que estão cada vez mais distantes da realidade assistencial. Será necessário um tsunami para que mudanças efetivas ocorram, e na hora que isso acontecer a inovação salvará, ou auxiliará, o mercado a equilibrar as receitas e melhorar a qualidade da assistência.”
Todos os modelos de inovação, abertos ou fechados, são válidos para aplicação em saúde, e ainda, pode-se se chegar à um meio termo entre eles para que todos sejam utilizados e beneficiem o modelo de negócio.
Uma das tendências que já vem sendo aplicadas e é considera um grande aliado não só na qualidade assistencial, mas também na redução de custos é a telemedicina, considerada hoje complementar ao modo que o médico entrega sua consulta. “Ao realizar a primeira consulta com o profissional de saúde, por exemplo, o retorno ou futuras visitas para acompanhamento podem ser feitas por meio da telemedicina”, acrescenta Medeiros.
Ele ainda enfatiza que tecnologias como essa não são disruptivas ao ponto de eliminar a presença do médico mas uma ferramenta de suporte, que trará novas funções aos profissionais de saúde. “Talvez um dia equipamentos como o Tricorder, de Star Trek tragam diagnósticos mais precisos do que os de um médico com uma pilha de exames”.
Veja o Bate-Bato completo e mais sobre inovação na entrevista com Gib de Medeiros: