O contexto que vivemos hoje no mercado de saúde no Brasil nos leva a um mundo de absolutas disparidades entre os vários responsáveis pelos setores de TI deste mundo.
Há vários profissionais que eu gosto de chamar de CITOs, ou seja Chief Information Technology Officers, o que é, em suma, profissionais muito mais focados na tecnologia e muito menos focados no uso efetivo da informação.
O mercado de saúde está passando uma séria revolução e precisa cada vez mais de profissionais atentos a estas mudanças e que consigam apoiar de forma direta as necessidades do ambiente.
Temos um volume alto de soluções de IOT em saúde (Ou como eu gosto de chamar, Internet of Bodies), já se fala em 7 a 8 equipamentos conectados no corpo humano até 2020, e cuja segurança e qualidade de software são fundamentais. Se forem feitos como hoje podemos ter sérios problemas causados na segurança da informação (podendo até gerar óbitos se mal gerida), ou de acessos à privacidade dos pacientes, ou, mais ainda, erros de software (qualidade da plataforma utilizada).
Mais ainda, o avanço da telemedicina, telerradiologia, robótica e outros modelos de atendimento através da tecnologia também devem ser muito bem orientados e corretamente atender as estratégias do negócio.
Há ainda a impressão 3D que cresce muito para órteses, próteses e materiais especiais, teatro cirúrgico e até produção de órgãos humanos baseados em células-tronco.
E não esqueçamos da parte do chamado Healthcare Analytics com a capacidade de gestão de volumes altos de informação permitindo soluções de Suporte a Decisão Clínica, Gestão de Saúde Populacional, Gestão Eficiente dos Negócios em Saúde dentre muitos outros.
O que ocorre é que o CIO (Chief Information Officer) tem que mudar sua função para ser um “pusher” de inovação nas empresas ligado de forma direta no planejamento estratégico de hospitais, operadoras de saúde, empresas de medicina diagnóstica, home care, secretarias de saúde, atenção primária e muitos outros.
Neste caso, o que devemos ter é uma mudança de paradigma onde o novo CIO será o Chief Innovation Officer e ele terá que possuir talentos específicos de negociação, gestão estratégica, inovação e liderança em ambientes fluidos.
*Artigo escrito por Avi Zins, Healthcare Vertical Director – Ninecon