A elastografia, técnica de diagnóstico que mede a viscosidade e a elasticidade dos tecidos, ganhou uma nova aplicação, que possibilita o diagnóstico mais amplo e preciso de algumas patologias, de forma não invasiva. A novidade, recém-chegada ao Rio de Janeiro, utiliza a ressonância magnética para analisar a rigidez do fígado, por exemplo, avaliando o órgão por inteiro, diferente do que é feito tradicionalmente com a elastografia aplicada por ultrassonografia. Segundo o radiologista Guilherme Moura da Cunha, integrante do corpo clínico da CDPI, o novo exame beneficia, principalmente, pacientes que fazem acompanhamento de cirrose hepática, em que não é desejável a realização frequente de biópsias.
“O exame é uma abordagem ainda muito recente, mas apresenta diferenciais importantes quando comparado com a elastografia por ultrassom. O uso da ressonância leva vantagem por ser capaz de fazer um mapa global de todo o fígado, avaliando-o por inteiro, e não só uma pequena amostra, como acontece na ultrassonografia”, afirma Guilherme.
De acordo com o médico – que trouxe dos Estados Unidos o conhecimento de manuseio da técnica para a CDPI –, a tecnologia é utilizada, sobretudo, em casos de fibrose hepática, tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento evolutivo durante o tratamento da doença. Ele afirma que o exame de imagem, em algumas situações, já pode substituir a biópsia – procedimento invasivo que necessita da retirada de parte do tecido doente.
“Podemos afirmar que, atualmente, com o avanço da tecnologia, é possível substituir a biópsia pela elastografia via ressonância magnética, beneficiando, acima de tudo, pacientes cirróticos, que não podem realizar inúmeras biópsias com intervalos curtos ou sequenciados, já que a elastografia, por não ser invasiva e não ter quase nenhuma contraindicação, pode ser feita inúmeras vezes durante o tratamento”, explica o radiologista.
A aplicação da elastografia por ressonância pode ser utilizada também para a avaliação de tumores do crânio ou de mama, doenças renais e pancreáticas, entre outras patologias. O exame está disponível na CDPI – clínica pioneira a introduzir a técnica no Rio de Janeiro –, na unidade CID Leblon, na Av. Ataulfo de Paiva, 669.