O Hospital Sírio-Libanês inaugurou, no dia 8 de março, um novo Centro de Endoscopia que funcionará dentro de sua unidade central, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Este é o primeiro investimento divulgado pela instituição em 2017, que aumenta a área física destinada à especialidade, dos atuais 600 metros quadrados para 2.250 metros quadrados, e amplia a capacidade de 110 para 180 procedimentos diários.
Ao todo, o Centro de Endoscopia passa de 9 para 11 salas de exames, com a previsão de chegar gradativamente a 15 até o final de 2018. Três delas são dedicadas a procedimentos terapêuticos avançados, como ecoendoscopia, colangiopancreatografia endoscópica e ressecção de tumores precoces.
Além das salas de exames, o serviço ainda conta com 32 leitos para preparo hospitalar e outros 16 para recuperação anestésica. Este espaço será o ambiente de trabalho de 83 profissionais, sendo 41 médicos com títulos de professores livres docentes, doutores e mestres, 7 enfermeiros e 35 técnicos de enfermagem.
O Centro de Endoscopia recebeu investimento de R$ 19 milhões destinados à aquisição de 12 torres de endoscopia, além de 45 endoscópios, que serão adicionados aos 74 existentes. Os novos equipamentos possuem um sistema de captação de imagem mais avançado, que proporciona melhor resolução, definição de cores e luminosidade das áreas analisadas, facilitando o diagnóstico e o tratamento.
Outros R$ 21 mihões foram investidos em obras, adequação de infraestrutura, equipamentos de tecnologia da informação e mobiliário. A nova configuração do espaço, com recepção exclusiva, garantirá mais agilidade aos procedimentos.
“Os novos equipamentos são de última geração. A área física foi planejada para otimizar o atendimento e garantir mais conforto e melhores condições de trabalho para os profissionais. Os pacientes, por sua vez, serão beneficiados pela segurança, precisão, qualidade e satisfação, que são as principais bandeiras deste novo serviço”, explica Lucio Rossini, gestor do Centro de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês.
Por meio de imagens capturadas durante o exame, a endoscopia utiliza métodos cada vez menos invasivos para diagnosticar e, muitas vezes, tratar doenças do esôfago, estômago, duodeno, pâncreas, vias biliares, intestino e vias respiratórias. Estudos mostram a importância do procedimento na detecção e tratamento de tumores precoces do tubo digestivo, que, na maioria das vezes, permitem curar o paciente, sem a necessidade de cirurgias de grande porte. Programas de rastreamento com a utilização da endoscopia do intestino grosso (colonoscopia) têm reduzido significativamente as taxas de câncer colorretal nos países desenvolvidos.
Segurança do paciente
Mantendo o compromisso com a segurança do paciente, o novo Centro de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês também passará a utilizar uma nova tecnologia para o tratamento da água, que funciona por osmose invertida. O processo, de confiabilidade comprovada, retém os sais e contaminantes presentes na água, resultando em um líquido ultrapuro.
“Trata-se de um sistema, utilizado no serviço de diálise, que permite resutados expressivos na limpeza e desinfecção de endoscópios. Isso garante toda a qualidade do procedimento e reforça o compromisso que a nossa instituição sempre teve com a segurança do paciente”, explica a Enfermeira Ana Cláudia Quinoneiro, gerente técnica da endoscopia do Hospital Sírio-Libanês.
Ensino e Pesquisa
Além do benefício direto aos pacientes, a inauguração do Centro de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês também terá impacto positivo na formação de novos profissionais da área da saúde. Anualmente, vários médicos e enfermeiros residentes se beneficiam da estrutura da endoscopia. Essas oportunidades deverão ser ampliadas com a inauguração do novo serviço.
Um exemplo são os programas de pós-graduação em Endoscopia Digestiva Terapêutica e em Enfermagem em Endoscopia Digestiva, este último inédito no Brasil, lançado em 2014 pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.
“Aliar assistência, ensino e pesquisa é uma forma de estar sempre à frente no desenvolvimento de novas técnicas e oferecer aos pacientes qualidade e segurança durante os seus procedimentos”, conclui Kiyoshi Hashiba, médico responsável pelo Ensino no setor de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês.