A Arquitetura e Urbanismo é uma das profissões em que as mulheres são maioria no Brasil. Só no Estado de São Paulo, que abriga quase a metade de todos os profissionais da área no país, estão registradas no CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo mais de 28 mil mulheres, de um total de cerca de 50 mil pessoas. Em todo o país, de acordo com o último senso do CAU/BR – Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, dos 128 mil profissionais registrados, 61% são mulheres.
“O cenário deve se manter assim, já que nos mais de 120 cursos de graduação autorizados para funcionamento pelo MEC, só no estado de São Paulo, é possível e fácil notar que as mulheres ocupam a maior parte das carteiras”, diz Gilberto Belleza, presidente do CAU/SP. Ele lembra que essa é uma história que começou lá atrás, nos Estados Unidos, com Marion Mahony Griffin, considerada a primeira mulher a se tornar arquiteta, graduada pelo Massachussets Institute of Technology, em 1894.
Reverenciadas por suas obras, Denise Scott Brown, Kazuyo Sejima e Zaha Hadid são exemplos do destaque que as mulheres vêm tendo como arquitetas e urbanistas pelo mundo. Por aqui, podemos citar a italiana Lina Bo Bardi, que migrou para o Brasil em 1946 e que tem entre suas obras mais famosas o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o SESC Pompéia, e Rosa Grena Kliass, pioneira do paisagismo brasileiro, responsável pelo projeto de reurbanização do Vale do Anhangabaú e do Parque da Juventude, em São Paulo.