O Hospital Monte Sinai, em parceria com o Serviço de Nefrologia, adquiriu uma máquina de Hemodiálise Contínua Prisma. Este tipo de aparelho pode salvar vidas, em indicações muito específicas, para determinado perfil de paciente crítico com insuficiência renal aguda.
O nefrologista Gustavo Ferreira realizou o treinamento da equipe de intensivistas para utilização do equipamento e confirma: “o Monte Sinai lidera esta iniciativa na cidade, disponibilizando um recurso fundamental em terapia intensiva”.
Gustavo Ferreira explica que há vários tipos de tratamento dialíticos. Na hemodiálise clássica, a pressão arterial do paciente cai, mas se continuar evoluindo mal ele não suporta a diálise e seu estado se agrava ainda mais. Na hemodiálise contínua, a máquina oferece um mecanismo diferente, que estabiliza o paciente hemodinamicamente e permite fazer o tratamento completo para viabilizar sua recuperação. “A Prisma não só faz função de diálise, mas consegue retirar alguns marcadores inflamatórios que pioram a condição do paciente”, destaca.
Mas o uso da máquina é indicado em situações muito específicas e apenas em pacientes muito graves, com quadro de infecção severa e prescrição de droga vasoativa. Mas deve ser usada em caráter de urgência e naqueles que evoluem com insuficiência renal de uma causa infecciosa grave e que também estejam instáveis hemodinamicamente. Seria o caso de um pós-operatório com complicações, uma evolução ruim de uma cirurgia cardíaca e em casos emergentes com comprometimento da função renal e da pressão arterial.
Quem define a indicação é apenas o nefrologista, pois a maioria absoluta dos pacientes só precisa da diálise clássica. O Serviço de Nefrologia do Monte Sinai oferece sobreaviso 24 horas para a especialidade e a máquina fica à disposição das três unidades de terapia intensiva – Adulto, Coronariana, além da Neonatal e Pediátrica, podendo ser usada em crianças acima de dois quilos. A prescrição exige critérios de indicação claros, mas para garantir os benefícios do tratamento depende de ser utilizado no momento correto. Como é atendimento de urgência está previsto no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).