Maximizar o aproveitamento dos recursos é vital para manter os serviços de saúde. Os profissionais que atuam nos laboratórios, clínicas e UTIs conhecem bem esta realidade. No caso de insumos como vacinas, sangue e medicamentos, o processo de monitoramento, registro e controle de temperatura e umidade é fundamental para a preservação. Esse tipo de material precisa ser armazenado de forma adequada ou corre o risco de ser inutilizado. Medicamentos e vacinas podem perder sua eficácia ou tornarem-se inócuos. Danos em amostras biológicas e de sangue afetam a confiabilidade dos exames e das análises e, no caso dos insumos de pesquisa, anos de estudos comprometidos.
No processo manual existem fragilidades. O espaço de tempo entre as medições de temperatura prejudica o controle e causa perdas. Dependendo do tipo de material, as verificações podem variar de quatro até 12 horas no modo tradicional, período longo em que podem ocorrer desvios e danos. Com o sistema de medição remota, os intervalos são programáveis, podendo variar de segundos a poucos minutos, conforme a necessidade. O acompanhamento é em tempo real, realizado a partir de qualquer lugar, o que diminui significativamente o risco e identifica desvios de controle pontuais.
O monitoramento tradicional também é suscetível a falhas humanas no processo de verificação e transcrição das variáveis registradas. Já o remoto é automatizado com sensores calibrados, aumentando a confiabilidade das medições, pois o sistema está configurado e realiza suas atividades sem que o usuário precise comandá-lo. Os riscos são infinitamente menores. Como os equipamentos são conectados à internet, o máximo que pode ocorrer é uma queda de conexão temporária.
Exatamente por olharmos sempre para o futuro e acreditarmos na tecnologia como uma ferramenta no apoio e gestão destes equipamentos, demos um passo a frente e investimos em uma empresa especializada na internet das coisas. Estamos em franco trabalho de socorrer os clientes das necessidades de monitoramento de temperatura e umidade, o que permite a rastreabilidade dos dados, ou seja, histórico e alertas ocorridos. Isso é uma garantia de que os insumos e produtos foram bem armazenados e podem ser utilizados. Embora o monitoramento à distância seja um meio de otimizar o controle de qualidade, não deve ser articulado isoladamente. Mais do que medir e ser alertado em casos de desvio, a equipe precisa estar instruída sobre as providências a serem tomadas quando uma anormalidade é identificada e corrigir falhas rapidamente para evitar a perda dos preciosos insumos.
Djalma Luiz Rodrigues é diretor executivo da Fanem