Foi lançado nesse mês de junho o Centro de Referência em Energia Solar (Cresp) em Petrolina, Pernambuco. O Centro vai receber investimentos de mais de R$ 152 milhões para movimentar atividades de pesquisa e desenvolvimento em energia renovável, além da construção de plantas fotovoltaicas.
De acordo com o ministro Fernando Coelho Filho, o centro será referência e ponto de encontro de pesquisadoras da área de novas tecnologias para energia. “O centro vai atrair estudiosos de todas as universidades do Nordeste para desenvolver novas tecnologias em torno do aproveitamento de energias renováveis que vão beneficiar todo o país”, disse.
O Cresp compreenderá a instalação de três estruturas de Pesquisa & Desenvolvimento. A primeira, chamada de Planta Base, com tecnologia fotovoltaica, teve a ordem de serviço assinada na quarta-feira (21/06). A segunda planta, chamada de Planta Tecnológica, contará com tecnologia heliotérmica de calha parabólica e também irá abrigar geração de energia com tecnologia heliotérmica de torre central. Sua missão será contribuir com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da sociedade mediante a geração e aplicação do conhecimento científico e tecnológico em energia solar.
Ao todo, a estrutura vai gerar 3 MW, com geração de 2,5 MW da Planta Base, com a usina fotovoltaica de alto rendimento, e 0,5MW da Planta Tecnológica com a tecnologia fotovoltaica e configurações com rastreamento.
A previsão é que as obras da Planta Fotovoltaica terminem em março de 2018. Já as obras da Planta Tecnológica, segundo o cronograma de implantação, devem encerrar no final de 2018.
O sertão de Pernambuco foi escolhido para sediar o Centro devido ao alto índice de radiação solar na região. O projeto tem como potenciais parceiros as instituições de ensino e pesquisa, instituições federais de educação, Senai, indústria de armazenamento de energia, eletroeletrônica e metalmecânica.
“Petrolina terá um Centro de Referência em Energia Solar, voltado ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico. Esse é o propósito final do projeto”, afirmou o presidente da Chesf, Sinval Gama, que também esteve presente na cerimônia de lançamento.
O incentivo em pesquisa e desenvolvimento da energia solar também se enquadra no objetivo do governo federal em atender os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris e reduzir em até 43% as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera até 2030, além de aumentar para 18% a participação de bioenergia sustentável na matriz energética do país.