O Ministério da Saúde liberou ontem (18) um incremento financeiro para a cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Segundo a prefeitura da cidade, o aporte é de R$ 2 milhões por mês. O valor, segundo a prefeitura, corresponde a R$ 12,6 milhões por ano, referentes a recomposição do teto financeiro municipal dos serviços de média e alta complexidade, e mais R$ 12 milhões para custeio das unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“São José dos Campos se organizou e está com uma produção alta de serviços de saúde. Nós liberamos R$ 1 milhão por mês para o teto de média e alta complexidade da cidade, na medida em que eles já estão produzindo mais do que isso para o sistema”, disse o ministro Ricardo Barros, que esteve nesta segunda-feira na cidade. O ministério também vai destinar R$ 1 milhão para custeio das UPAs.
Plano de saúde acessível
Após a divulgação do relatório da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na semana passada, o Ministério da Saúde informou que as operadoras já podem oferecer planos de saúde acessíveis. Os planos teriam preços mais baixos, mas uma cobertura menor. Ontem, em São Paulo, antes de participar de um congresso de saúde, Ricardo Barros comentou rapidamente sobre o assunto com jornalistas, dizendo que a adesão ao plano é voluntária.
“A conclusão da análise feita pela ANS sobre as propostas que foram encaminhadas, junto com várias entidades e representações, ao final, é de várias daquelas sugestões já estão disponíveis no mercado e outras já estão autorizadas. Isso permitirá, evidentemente, a oferta de novos produtos. O plano de saúde é uma adesão voluntária da pessoa. Quem quer compra, quem quer permanece e quem não quer sai. Não há porque o governo discutir muito isso porque, afinal de contas, basta que o que foi vendido seja entregue”, disse o ministro.
No mês passado, o Ministério da Saúde solicitou que a ANS avaliasse a legalidade e a pertinência das medidas sugeridas para o Plano de Saúde Acessível. Segundo Barros, o plano ajudaria a aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS). “O plano de saúde alivia o SUS, que deixa de ter que atender essas pessoas e pode atender aqueles que são exclusivamente dependentes do SUS”.
Informatização
Em entrevista a jornalistas, o ministro falou também que a grande prioridade de sua pasta é “o registro da saúde e a informatização das UBS [Unidades Básicas de Saúde], inclusive com biometria”.
“Estamos com essa meta de informatizar todas as unidades de saúde até o final de 2018. O processo está encaminhando, com consulta pública já feita. Vamos credenciar centenas de empresas para que as prefeituras escolham, entre essas empresas, qual delas quer que atue no seu município. Pagaremos uma mensalidade para que esta informação nos seja fornecida e com isso vamos garantir a funcionalidade do sistema”, disse o ministro.
Segundo Barros, a informatização do sistema de saúde vai permitir uma “grande economia”. “Estimamos R$ 1,5 bilhão de investimentos por ano na informatização e R$ 20 bilhões de economia anual pela organização e a não repetição de exames e consultas e entrega de medicamentos”.