A capacidade é de obter 130 doações de sangue/dia e também suprir demanda de outras unidades hospitalares do Rio de Janeiro
O Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) inaugurou nesta terça-feira (20/02) o novo Hemonúcleo, que deverá suprir a demanda por doações de sangue também de outras unidades hospitalares do município e do estado do Rio de Janeiro. Com uma área de 400m², localizada no térreo do hospital, o setor terá capacidade de realizar cerca de 130 coletas de sangue por dia e atuar com uma equipe composta de médicos, hemoterapeutas, hematologistas, enfermeiros, técnicos de laboratório, técnicos de enfermagem, biólogos, farmacêuticos e agentes administrativos.
O novo Hemonúcleo irá suprir a demanda interna da produção cirúrgica do hospital, que realizou no ano passado 12 mil cirurgias de média e alta complexidade (aquelas que geralmente necessitam de mais transfusões de sangue para os pacientes). A rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, composta pelo HFSE e por outras cinco unidades hospitalares, realizou 46,3 mil cirurgias, 100 mil atendimentos de emergência, 800 mil consultas ambulatoriais, 52,2 mil internações em 2017 – ou seja, 1 milhão de atendimentos, ao todo –, em apoio às redes estadual e municipais de saúde.
“Diariamente, saem quatro ou cinco carros daqui do hospital para buscar sangue em diversos pontos da cidade, até mesmo fora do estado do Rio de Janeiro, para que a gente tente não perder cirurgias de alta complexidade”, ressalta o diretor do HFSE, o neurocirurgião Alexandre Amaral. “Pelo perfil de nossos pacientes e de nossas cirurgias, de média e alta complexidade, precisamos de muito sangue em estoque. Diante dessa demanda, estamos transformando o hemonúcleo em um verdadeiro hemocentro”.
A obra faz parte projeto Hemorrede Sustentável, cujo objetivo é a reabilitação ambiental sustentável dos Estabelecimentos Assistenciais da Saúde (EAS). Foi investido R$ 1,5 milhão na infraestrutura e mais R$ 500 mil em equipamentos. Agora, o HFSE tem a capacidade de processar todas as etapas: desde a classificação até a elaboração dos hemoderivados. “Agora poderemos dar maior agilidade e qualidade ao atendimento à população”, pontua o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH), Alessandro Magno Coutinho.