Todo projeto arquitetônico deve levar em conta, além da estrutura, aspectos funcionais, ergonômicos e ambientação coerente. No caso de clínicas médicas essas questões são ainda mais delicadas e devem seguir diversas normativas, por isso é tão importante contratar profissionais competentes, que conheçam as especificações e levem todas essas questões em consideração na hora de realizar o projeto.
Não há uma regra geral para projetar clínicas médicas, cada especialidade tem questões específicas e por isso um briefing bem detalhado deve ser feito logo no início. A arquiteta Aline Bernacki, explica esse processo: “o briefing deve ser muito valorizado e trabalhado com cuidado, verificando detalhes junto ao cliente, pois é ele que direciona o projeto. Depois disso, todas as normativas e órgãos envolvidos devem ser levantados, e só então o projeto pode ser iniciado, encaixando todas essas questões aliadas às necessidades e fluxos de processos da clínica”. Alguns aspectos são padrões para todos os tipos de clínicas, como o tamanho das portas, que deve possibilitar a circulação de macas e cadeiras de rodas; barras e cadeiras em banheiros; e ausência de rodapés que acumulem sujeira.
“A logística da clínica, meios para tirar lixo hospitalar, roupas sujas e isolamento de CTI devem ser projetados harmonicamente para que todos os fluxos internos aconteçam natural e facilmente”, explica a arquiteta Denise Bernacki. No entanto, mesmo cheio de regras, é possível trazer o lado humano para projetos, o uso do branco, por exemplo, não é obrigatório e as áreas de circulação podem ser mais bem trabalhadas. “Existe uma cultura de tudo ser muito frio, normalmente a situação já não é agradável ao paciente, por isso um bom projeto pode contribuir para um ambiente mais humanizado e aconchegante”, concluem as arquitetas.