O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares recuou 1,1% nos 12 meses encerrados em novembro de 2017, encerrando o período com 47,3 milhões de vínculos de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Os números foram fortemente influenciados pela redução de postos de trabalho formal em novembro: saldo negativo de 12,3 mil de acordo com dados do Ministério do Trabalho. No período de 12 meses, foram encerrados 178,5 mil empregos formais.
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, afirma que o ligeiro reaquecimento do mercado de trabalho que vinha sendo comemorado pela economia nacional está fortemente apoiado no mercado informal. “Os empregos com carteira assinada, especialmente nos setores que costumam oferecer benefícios como planos de saúde para seus colaboradores, ainda devem demorar a apresentar uma retomada expressiva”. O executivo explica que esse comportamento está intimamente ligado ao total de beneficiários, especialmente porque as empresas são os maiores contratantes deste serviço, oferecendo-o como benefício para seus colaboradores, por exemplo, para manter talentos e recompensar resultados. Em novembro do ano passado, os planos coletivos empresariais (contratados pelas empresas) representavam 66,8% do total de vínculos médico-hospitalares no País.
Carneiro aponta, ainda, que com a perda de mais de três milhões de beneficiários nos últimos anos, o setor de saúde suplementar deve demorar a se recuperar, e esse movimento só terá início com a retomada do crescimento de empregos com carteira assinada, especialmente nos grandes centros urbanos.
Apesar dos resultados negativos, a última NAB aponta que o Sul do País viu o total de vínculos com planos médico-hospitalares ter uma leve variação positiva de 0,2%, com aumento de 13,8 mil beneficiários nos 12 meses encerrados em novembro de 2017. No mesmo período, a região registrou aumento de 15,2 mil postos de trabalho formal, com destaque para contratações nos setores de comércio e serviços. O que comprova a relevância da geração de postos formais para o reaquecimento do mercado de saúde suplementar.