Neurocirurgiões da Duke University, dos Estados Unidos, estão criando uma maneira de usar realidade aumentada, como a usada no jogo Pokémon Go, para tornar alguns procedimentos neurológicos menos arriscados. Os pesquisadores estão desenvolvendo um método de usar o HoloLens da Microsoft para auxiliar nesses procedimentos.
Shervin Rahimpour e Andrew Cutler criaram uma forma de utilizar os óculos de realidade aumentada durante procedimentos de inserção de dreno extraventricular. Nesse procedimento, os cirurgiões precisam colocar um dreno dentro do cérebro do paciente, por meio de um pequeno furo em seu crânio, para remover líquido acumulado. A pressão causada pelo líquido, se não for aliviada, pode ser fatal.
Uma das dificuldades desse procedimento é que ele deve ser feito “às cegas”, já que não é possível ver com precisão dentro do crânio do paciente. Em parceria com Regis Hopper e Yameng Liu, o grupo conseguiu usar o HoloLens para sobrepor imagens de tomografia computadorizada à cabeça de um modelo. Também com realidade aumentada, os cirurgiões conseguem rastrear a posição do dreno dentro do cérebro.
Vantagens
Com essa tecnologia, os cirurgiões poderao ver dentro do crânio do paciente. Normalmente, segundo o TechCrunch, os médicos precisam utilizar imagens de tomografias feitas antes da operação e medidas precisas para se localizar. É fácil perceber, porém, que esses métodos são menos precisos, especialmente quando o líquido se acumula em uma região pequena ou de difícil acesso.
Essa não é a primeira vez que cirurgiões avaliam o uso de tecnologias de realidade virtual ou aumentada para facilitar cirurgias. No entanto, segundo os cirurgiões da Duke, o HoloLens oferece melhor tempo de resposta e mais precisão no rastreamento da posição dos objetos que outros aparelhos. Graças a essas vantagens, ele pode ser usado em operações como essa.
Há também a vantagem de que o “holograma” – a imagem sobreposta ao crânio do paciente – pode ser manipulada sem que os cirurgiões toquem em nada. Com isso eles podem manter a esterilização de suas mãos). Ainda deve levar algum tempo até que essa tecnologia seja usada em pacientes humanos. No entanto, os pesquisadores acreditam que se esse método se mostrar útil, ele poderá ser estendido para outros tipos de cirurgia cerebral também.
Fonte: Olhar Digital