A médica norte-americana Elizabeth Morris, chefe do serviço de imagem de mama do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, de Nova York, trouxe ao Brasil discussões sobre a tomossíntese, técnica de mamografia digital que aumenta em até 30% a acuidade visual e a possibilidade de detecção do câncer em estágio inicial. A novidade pôde ser conhecida durante palestra no 13º Simpósio Internacional de Mastologia da Rede Mater Dei de Saúde, realizado em Belo Horizonte (MG), nos dias 8 e 9 deste mês.
De acordo com Henrique Salvador, coordenador do Serviço de Mastologia e presidente da Rede Mater Dei de Saúde, a tendência é que esse tipo de exame, feito concomitantemente à mamografia, entre para o rol de procedimentos a serem aplicados em mulheres com alto risco de desenvolver o câncer de mama, especialmente as jovens que tenham diagnóstico de mamas densas ou parentes de primeiro grau acometidos pela doença antes da menopausa.
“No Mater Dei, oferecemos esse exame desde janeiro”, afirmou Salvador. Segundo o presidente da Rede Mater Dei, diferente da mamografia, que dá o resultado em duas dimensões, a tomossíntese – com um corte de até um milímetro nas mamas, sem a necessidade de cirurgia –, oferece imagem em três dimensões, o que aumenta a visibilidade do exame em quase um terço, além de reduzir bastante a chance de recall da paciente.
Elizabeth Morris lembrou que o custo do exame de tomografia é relativamente alto, equivalente a R$ 1,2 mil em média, quatro vezes mais caro em relação aos R$ 300 cobrados da tomossíntese. “De tudo isso, o mais importante é lembrar as mulheres de fazer sempre a avaliação das mamas. Quem faz o rastreamento do câncer no início leva maior vantagem do que quem deixa passar muito tempo da doença”, reforçou.