O Ministro da Saúde, Ricardo Barros reuniu-se ontem (29), na sede da Fiesp, em São Paulo, com representantes da indústria e entidades do segmento de saúde para falar sobre seus primeiros 365 dias de gestão frente a pasta. Além do balanço apresentado, Barros também participou de audiências com executivos da área da saúde e conversou com a imprensa sobre projetos de redução de custos, políticas de saúde pública e as negociações com o Hospital São Paulo.
Entre os pontos destacados pelo ministro durante sua apresentação estão os R$3,2 bilhões economizados pela pasta durante o primeiro ano de gestão. “Essa economia equivale a cerca de R$8,7 milhões por dia, gerando mais eficiência sobre os contratos renovados e a ampliação dos serviços de saúde, o equivalente a uma redução média de 20%”, afirma.
Barros também falou sobre o aumento de 89% no orçamento da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e no orçamento geral da pasta que passou de 13,2%, equivalente a R$106 bilhões em 2016, para 15%, R$115 bilhões em 2017.
Outro destaque apresentado pelo ministro, e que chamou a atenção, foi a implementação do SUS Legal, que regula a transferência de recursos entre estados, municípios e união em duas modalidades: custeio e investimentos. “Somente esses dois modelos serão usados, simplificando e melhorando a prestação de contas e aumentando a transparência. Esse modelo impactará na liberação de R$7,2 bilhões.”
Mais Médicos
Sobre o polêmico programa implementado na gestão passada, o Barros afirmou que a iniciativa continuará em vigor, porém, a contratação de médicos brasileiros será priorizada e também profissionais clínicos do brasil formados em outros países. Segundo o ministro, somente após esses dois pontos os médicos cubanos serão escalados para o Mais Médicos.
Tecnologia
Segundo o ministro da saúde, atualmente cerca de 80 milhões de brasileiros já possuem um prontuário eletrônico no SUS. “Nosso objetivo é atingir os 200 milhões de brasileiros. O ministério fornecerá um apoio mensal para os municípios manterem seus sistemas de informática operando, implantares os tablets para os agentes comunitários de saúde, equipamentos e conectividade. Com este modelo de informação, passaremos a controlar melhor os gastos com saúde e temos a expectativa de gerar uma economia de 20% para a implantação do serviço de informatização da saúde, ou seja cerca de R$20 bilhões por ano somente evitando duplicação de exames, consultas e entregas de medicamentos”.