Na última semana, ocorreu, em São Paulo, a 47ª edição da Jornada Paulista de Radiologia (JPR), maior evento da especialidade da América Latina, que reuniu cerca de 100 expositores e recebeu cerca de 17 mil visitantes.
Mesmo diante de um panorama ainda incerto para a economia do País, a indústria de equipamentos de diagnóstico por imagem se mostrou otimista e anunciou investimentos e estratégias para a saúde.
“Apesar do período turbulento enfrentado pelo País nossos investimentos não foram sessados, em algumas situações até ampliamos os investimentos. O que vemos é que este mercado possui um grande espaço para a indústria ampliar sua participação”, conta o diretor geral Brasil da GE Healthcare, Luiz Eduardo Verzegnassi.
Independente do cenário, 2016 foi considerado o melhor ano para a divisão de saúde da multinacional japonesa Fujifilm no Brasil, e as boas perspectivas se mantém positivas para 2017, conta o diretor da divisão médica da empresa, Eduardo Tugas. “Não só pra Fuji, mas como uma visão geral de mercado, as perspectivas para 2017 são promissoras. Percebemos que o mercado está começando a reagir e isso nos deixa otimistas. “
De acordo com o CEO da Philips Brasil, Renato Garcia, cada vez mais as pessoas estão assumindo um papel ativo na gestão da própria saúde em todo o mundo. No Brasil, essa transformação segue a mesma tendência e ocorre de maneira acelerada quando comparada à transformação gradual vista em países desenvolvidos. “Tudo isso está impulsionando a convergência da saúde e do consumidor. Neste contexto, a Philips aposta em produtos e soluções que minimizam os efeitos negativos do estilo de vida nos centros urbanos e incentiva o autocuidado, por meio de hábitos de vida saudável. ”
A Philips considera as Parcerias Público Privadas (PPPs) e projetos de longo prazo como oportunidades para desenvolver os sistemas de saúde e melhorar o acesso e atendimento à saúde nos países onde atua e por isso mantém-se atenta a oportunidades de negócio com esse formato.
“Todo nosso esforço tem sido na direção de propor e entregar soluções destinadas para o benefício clínico, operacional e financeiro do ROI maximizando o acesso à saúde de uma população de 205 milhões de pessoas como a do Brasil”, completa o country head da Siemens Healthineers, Armando Lopes.
Novas tecnologias e conceitos
Durante a JPR, a Pixeon, empresa brasileira de tecnologia para a saúde, apresentou um conceito de tecnologia que pode integrar todos os estágios de atendimento à saúde, desde a chamada aos serviços de emergência, até a avaliação clínica e procedimentos do paciente após sua internação.
Segundo a diretora de marketing da multinacional americana, Fabiana Bernabe, o objetivo foi desenvolver uma plataforma conceitual que olhasse para o futuro visando o benefício do paciente e a conectividade entre os diferentes serviços de saúde. “Hoje, hospitais e serviços de emergência já possuem uma rede e a ideia é conectá-los por meio de uma rede interoperável geral onde todos os interlocutores conversem visando a eficiência no atendimento a uma vítima de acidente de trânsito, por exemplo. ”
De olho no compartilhamento de informações clínicas, a Samsung mostrou que imagens realizadas por ultrassonografia podem ser enviadas para dispositivos móveis ou PEP com o objetivo de construir um histórico do paciente, buscar uma segunda opinião ou até mesmo compartilhar as primeiras imagens de um exame pré-natal de ultrassom com familiares.