Representantes da indústria nacional criticaram a decisão do governo de reduzir em 50% o índice de Conteúdo Local. Em reportagem publicada no jornal O Globo, os representantes da indústria afirmam que é um erro juntar o fornecimento de serviço e de bens equipamentos dentro de uma única cota.
José Ricardo Roriz, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e porta-voz do Movimento Produz Brasil, que reúne diversas entidades da indústria e trabalhadores, relata que os novos índices de conteúdo local trazem insegurança para a indústria nacional. Segundo ele, segmentos como o de aço, máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos e estaleiros serão seriamente afetados. Como resultado, haverá ainda mais desemprego.
“A sinalização é que as petroleiras vão poder comprar os equipamentos aqui ou no exterior. Essa mudança atendeu apenas aos interesses dos produtores de petróleo. Não será bom para o país”, afirma Roriz.
Ele admite que a decisão do governo não veio dentro do esperado pela indústria após meses de negociações em Brasília. Ele critica o fato de a nova política de conteúdo local não ter criado alíquotas específicas para serviços e para bens e equipamentos.
“A consequência disso é que as petroleiras vão usar o serviço, que tem um custo menor, e a fabricação de equipamentos será feita no exterior. O Brasil vai continuar vendendo matéria-prima e importando valor agregado”, comenta Roriz.
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