O mercado de planos exclusivamente odontológicos segue como destaque positivo na saúde suplementar brasileira. Dados da nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), apontam que, entre agosto deste ano e o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 7,1% no total de beneficiários exclusivamente odontológicos, correspondendo a quase 1,5 milhão de novos vínculos. Neste período, a região Nordeste foi a que apresentou maior crescimento, com a entrada de mais de 450 mil novos beneficiários, representando alta de 11,4%.
No segmento de planos médico-hospitalares, o boletim capta mais uma queda no total de beneficiários: em agosto de 2017 ante o mesmo mês do ano passado, 696,2 mil beneficiários saíram dessa modalidade de plano, o que corresponde a uma retração de 1,5% no total de vínculos.
Segundo o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, não se pode falar em recuperação porque os dados da variação anual ainda apresentam queda. “No entanto, a análise trimestral aponta que mais da metade dos Estados da federação apresentou leve incremento no número de beneficiários, resultando em avanço de 0,2% no total. Há sinais de que a recuperação poderá acontecer nos próximos meses, em especial com a retomada da criação de postos formais de trabalho em regiões metropolitanas nos setores como o comércio e a indústria, com maior aderência ao plano de saúde como um benefício”, aponta.
“Pode-se avaliar que, apesar do decréscimo de beneficiários médico-hospitalares em 12 meses, podemos esperar uma maior recuperação em breve”, conclui Carneiro.
Números de destaque
No período entre os meses de agosto de 2016 e de 2017, o maior crescimento no percentual do número de beneficiários de planos médico-hospitalares foi no Amazonas, com 7,9% (39.090 novos vínculos). A maior queda foi registrada em Roraima (-6,3%), ou 10.596 beneficiários a menos. Já em números absolutos, São Paulo foi o Estado que perdeu mais beneficiários, com 367.778 vínculos a menos, ou -2,1% na comparação anual. Em contrapartida, o Ceará se destacou com 44.911 novos beneficiários no período, alta de 3,6%.
Para os planos exclusivamente odontológicos, a maior variação positiva nos 12 meses encerrados em agosto foi no Mato Grosso, com 24,5%, correspondendo a 34.190 novos vínculos. Já o Estado de São Paulo teve acréscimo de 674.722 beneficiários no mesmo período, alta de 9,2%. O Distrito Federal foi o único a apresentar variação negativa em 12 meses, com perda de 4.007 beneficiários, redução de 0,8%.