Cientistas da IBM publicaram, em agosto, na revista Nature Nanotechnology, os primeiros avanços com a tecnologia recém desenvolvida pela multinacional no campo da saúde, o Lab-on-a-Chip, ou laboratório em um chip, na tradução literal.
O dispositivo, que mede cerca de dois centímetros quadrados, é capaz de separar partículas em nanoescala biológica permitindo que médicos detectem doenças como o câncer antes mesmo dos sintomas aparecerem.
De acordo com a publicação, Lab-on-a-Chip está pronto para ser testado em pacientes com suspeita de câncer na próstata. “O objetivo é fazer uma análise nãoinvasiva a partir da urina para detectar exosomos que indicam a presença de câncer de próstata. Este estudo é a primeira prova do conceito”, afirma o diretor do programa de translational systems biology and nanobiotechnology, da IBM Research e um dos autores do trabalho, Gustavo Stolovitzky.
Os biochips são feitos com os mesmos materiais de microchips convencionais – cristais de silício – e utilizam uma tecnologia denominada microfluídica, capaz de integrar funções de laboratório, como separação e analise de amostras.
Para chegar a este avanço, a IBM utilizou uma tecnologia chamada deslocamento lateral determinístico em nanoescala, método capaz de separar os vírus e outros perigos para a saúde a partir de amostras fluidas de DNA, que são filtradas por meio de uma série de pequenas colunas que separam os elementos por tamanho em uma resolução de dezenas de nanômetros.