A Prefeitura de São Paulo assinou hoje (25/06) convênio com o Hospital Israelita Albert Einstein para reabertura do Hospital da Vila Santa Catarina (antigo Santa Marina), localizado no Jabaquara, zona Sul. A unidade beneficiará uma população de aproximadamente 2,6 milhões de pessoas. O hospital ocupa um terreno de 15 mil m² e área construída de 25 mil m². Com inauguração, prevista para até 120 dias, ele oferecerá 260 leitos de internação (170 gerais, 60 de especialidades e 30 de UTI’s), cinco salas de centro cirúrgico e uma central de apoio diagnóstico e terapêutico. O custeio será dividido entre o Einstein, com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e tabela SUS.
O Hospital da Vila Santa Catarina terá capacidade de internação de 19 mil pacientes por ano e poderá realizar 63.555 procedimentos por mês. A Autarquia Municipal Hospitalar administrará o setor de emergência, que contará com uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.
O secretário municipal de Saúde, José de Filippi Jr., informou que os próximos passos são os trabalhos de renovação e de reforma dos andares térreo e subsolo pela Autarquia Hospitalar Municipal, onde irá funcionar a UPA 24 horas. Já o Einstein está em processo de contratação da mão de obra para reforma. “O prédio está bem deteriorado, o centro cirúrgico não obedece as normas atuais de segurança e isso precisa ser reformulado”, disse Filippi Jr.
Investimento
Estão previstos gastos de R$134 milhões por ano para custeio das atividades quando o hospital estiver em pleno funcionamento. Desse total, R$116 milhões virão do PROADI e R$18 milhões da tabela SUS. Serão investidos ainda pelo Einstein R$24 milhões para reforma e aquisição de modernos equipamentos.
A reabertura do antigo Santa Marina também atende a uma demanda histórica dos movimentos sociais e saúde das zonas Sul e Sudeste. A região Sul conta hoje com 0,7 leitos por mil habitantes, quando o padrão do Ministério da Saúde é de 2,5 a 3 leitos por mil habitantes.
Cláudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, diz estar frente a um grande desafio. “Sabemos que, com o envelhecimento (da população), a necessidade de leitos será um fato necessário. E o fato de trabalharmos em conjunto será absolutamente fundamental. A tecnologia jamais responderá pelo fator humano e, ao ver nesses últimos meses a qualidade daqueles que se envolveram no projeto, eu posso garantir que teremos um hospital de alto padrão técnico, é verdade, mas sobretudo de um padrão humano inigualável”, afirmou.
Para o prefeito Fernando Haddad este é um momento importante para o cenário da saúde do Município. O Hospital Santa Marina estava fechado há quatro anos, foi desapropriado pelo poder público e agora conta com o apoio do Ministério da Saúde, do Einstein e da Prefeitura para reabrir 100% SUS. Trata-se de um hospital geral, com todo tipo de assistência para a população local, inclusive com alta complexidade na área oncológica.
“É uma parceria tripartite, mas que tem um único objetivo: atender mais e melhor os usuários do sistema único de saúde. Depois de 10 anos estamos inaugurando um hospital em São Paulo. Nesses anos, reabrimos cerca de 250 leitos na cidade, o que equivale a um hospital geral”, disse o prefeito.
Haddad anunciou a licitação para a construção do Hospital de Parelheiros, na zona Sul, de 100 metros quadrados, já desapropriado. Com um orçamento previsto de R$ 200 milhões, ele terá recursos para a sua edificação provenientes do PAC Mananciais. “Se tudo der certo, no mês de julho publicaremos o edital para a construção do hospital de Parelheiros”, disse o prefeito.