A Cooperaliança lançou neste mês o Programa de Eficiência Energética que contemplou o Hospital São Donato, de Içara. O termo de cooperação técnica foi assinado entre as duas partes e o projeto ajudará o hospital a reduzir os gastos com energia elétrica.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprova o projeto e fiscaliza a aplicação de recursos, e o programa apenas é viável se o custo-benefício for de 0,8 RCB (índice que mede a eficiência da energia). Esse índice está, no PEE que contemplou o hospital, calculado em 0,69. De acordo com o representante da RJ Elétricas, Marcus Góes, responsável pelo diagnóstico do hospital, os benefícios do projeto serão a otimização do investimento, redução de custos, indução da modernidade na instituição e redução de impactos ambientais.
Serão trocados lâmpadas e ares-condicionados considerados obsoletos. Nenhum equipamento novo será instalado, uma vez que o projeto contempla apenas a troca para redução de gastos com a energia elétrica. “A medição será feita em dezembro, e logo depois começam as obras. Após seis meses fazemos nova medição para comprovar a eficiência do programa”, ressalta Góes.
O investimento total será de R$ 137.680,71 e a economia calculada será de 102,84 mwH/ano. Os produtos descartados serão reciclados, sendo que as lâmpadas passarão pelo processo em Balneário Camboriú e os ares-condicionados em São Paulo.
Góes diz que dará treinamentos para o uso racional de energia. Por exemplo, se a pessoa for sair da sala por mais de 15 minutos é necessário desligar a luz. Se o tempo for menor do que isso, não vale a pena, pois a lâmpada pode queimar mais facilmente. Medidas administrativas também serão tomadas dentro do hospital. Será necessário uma mudança de hábito entre os funcionários, além da criação da Comissão de Conservação de Energia.
A redução dos gastos ficará entre 30% ou 40% do total atual. Essa porcentagem é calculada apenas para o uso dos produtos trocados, e não no total da conta de energia do hospital. “O carro chefe do hospital é a lavanderia, o que mais gasta energia. O programa não contemplou essa parte, mas calculamos que a economia na conta geral fique entre 15% ou 20%, o que é bastante”, explicou o engenheiro eletricista da Cooperaliança, Edmilson Maragno.