Pacientes que passam por hemodiálise terão mais conforto e comodidade no Hospital Mater Dei, com o serviço ampliado, inaugurado ontem na unidade da Avenida do Contorno. Foram instalados 12 boxes que contam com ar-condicionado, televisão, camas ou poltronas reclináveis. Por estar dentro da unidade hospitalar, outro diferencial é o atendimento rápido para pessoas que eventualmente se sintam mal durante o procedimento.
Inspiradas em projetos de unidades norte-americanas, as novas instalações contam com boxes mais amplos, individualizados e climatizados. O objetivo é proporcionar aos pacientes mais conforto, privacidade e segurança. A hemodiálise demanda horas de tratamento, durante as quais equipamentos filtram o sangue, fazendo a função dos rins.
Para o médico Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei, o novo setor vai ajudar no tratamento. “O paciente em diálise vem com frequência ao hospital e é sempre um momento muito difícil na vida dele. Ele não está ali porque quer, e sim por uma necessidade. Então, ter um ambiente mais humanizado, permitindo que a pessoa se integre, se deite confortavelmente, possa ter ar-condicionado. São condições que facilitam muito para quem recebe o tratamento”, afirmou.
Na estreia, o setor recebeu aprovação de pacientes como José Roberto Cabral, de 70 anos, que faz hemodiálise há três. “O tratamento é excelente sob todos os aspectos: o carinho, a atenção da equipe e as instalações, de primeiro mundo”, avaliou. A mesma opinião tem Milton Lemos Batista, de 58, que faz o tratamento desde 2013. “A individualidade ajudou bastante, ficou tudo nota 10”, disse.
O Serviço de Hemodiálise terá suporte 24 horas por dia para pacientes do CTI e atendimento de segunda-feira a sábado, em dois turnos, para os pacientes ambulatoriais e das unidades de internação. A capacidade do serviço é de 12 pessoas por turno, sempre com suporte da estrutura hospitalar. “O paciente tem mais segurança. A enfermeira tem a visão de todos os boxes e fica atenta ao que está se passando. Além disso, um médico fica permanentemente no local”, conta o nefrologista Euler Lasmar, um dos coordenadores do setor. “Esse é um dos diferenciais da diálise intra-hospitalar: se o paciente passa mal, está dentro do hospital, tem todo o atendimento e já usufrui de toda a estrutura, como CTI e bloco cirúrgico”, acrescenta o também coordenador e nefrologista Marcus Lasmar.
Outro ponto destacado em relação à instalação dentro do hospital diz respeito à possibilidade de transplante. “Se a pessoa que está em diálise e tem indicação de transplante, a condição é facilitada. Como ela já está no procedimento, podemos prepará-la e fazer a cirurgia aqui mesmo, como já fazemos há 15 anos”, afirma Euler Lasmar.