A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) está investindo fortemente em diferenciais de excelência para a linha de cuidados assistenciais da Unidade Materno-Infantil (composta pelo Centro Obstétrico, Maternidade, UTI Neonatal e Pediátrica, Pediatria e Oncologia Pediátrica) do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. E com um propósito claro: consolidá-la entre as três com maiores em números de partos – e melhores – maternidades públicas de Minas Gerais. Por isso, anuncia outra boa notícia para a região do Vale do Aço: a ampliação dos leitos de cuidados especiais para bebês recém-nascidos e crianças.
“A Fundação investirá na expansão da UTI Neonatal do Hospital Márcio Cunha, com a criação de 10 novos leitos e a reforma do setor, ainda neste ano. Além disso, acaba de receber do Ministério da Saúde o credenciamento para transformar 15 leitos do berçário em leitos de Intermediária Neonatal. Também chamada de Terapia Semi-Intensiva, por acolher recém-nascidos prematuros considerados de médio risco e que demandam assistência contínua, a Intermediária passa a ter um padrão de assistência semelhante ao da UTI Neonatal, com ganhos de equipamentos, expansão da equipe multidisciplinar com mais enfermeiros, fonoaudiólogas, fisioterapeutas e psicólogos, e com atuação médica 24 horas por dia”, explica Mauro Oscar Soares de Souza Lima, superintendente do HMC.
O incremento dos novos leitos, que já tem o projeto concluído, fará com que o setor Neonatal e Pediátrico da Unidade Materno-Infantil do HMC passe a contar com 35 leitos de cuidados especiais. Novos equipamentos também estão sendo comprados, e até instalados, como os dois ventiladores pulmonares Dräger Babylog VN 500, específico para Neonatologia. Importado da Alemanha, o modelo possui ventilação de alta frequência e com volume garantido. Na prática, isso garante uma recuperação mais eficiente, segura e confortável a recém-nascidos prematuros. O HMC é o segundo de Minas Gerais e um dos poucos do Brasil a ter esse aparelho.
Outra novidade é que cinco desses leitos Intermediários Neonatal serão exclusivos para a aplicação do método Canguru. Uma prática já utilizada no HMC e em outras grandes maternidades do mundo, em que o bebê é colocado junto à mãe, pele a pele, coberto e encaixado apenas com uma faixa presa ao avental da mãe. Essa interação intensa traz benefícios, como a melhora da respiração, da sucção e o aumento do ganho de peso do recém-nascido, aprimora o vínculo materno, ajuda no combate às infecções e contribui para o desenvolvimento neurológico.
“Com mais de 6 mil partos realizados por ano, o Hospital Márcio Cunha é hoje a terceira maior maternidade do estado. Por isso, a Fundação investe na qualificação da assistência às mães e aos filhos no HMC, antes, durante e após o parto, com um objetivo muito claro: o de salvar vidas e com qualidade”, resume o diretor executivo da FSFX, Luís Márcio Araújo Ramos.
Parâmetros internacionais
Todas essas inovações colaboram ainda mais para salvar os pequenos que chegam ao setor. Somente nos últimos cinco anos, passaram por lá 407 recém-nascidos com peso ao nascimento abaixo de 1,5 kg. Alguns deles, nascidos após apenas 23 semanas de gestação e pesando pouco mais de 500 gramas. Se comparados os indicadores do Hospital Márcio Cunha com os números apresentados pela Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais – que reúne dados de 20 grandes hospitais universitários do país, essa comprovação torna-se mais notável.
“Hoje, nossa taxa de sobrevivência de prematuros com menos de 1,5 kg é de 84,6%, enquanto dos demais hospitais é de 73,4%. Se comparada à sobrevida de bebês que nascem em estado ainda mais grave e com poucas chances de vida, entre 24 e 27 semanas, no Hospital Márcio Cunha conseguimos recuperar e dar alta com boas condições de saúde para cerca de 71% dos bebês, enquanto a taxa da Rede Brasileira é de apenas 36,3%. E todos os nossos demais indicadores, como taxa de infecção, enterocolite e retinopatia da prematuridade cirúrgica, são melhores que os dos principais hospitais brasileiros pesquisados, se igualando até mesmo a hospitais de referência nos Estados Unidos”, ressalta o médico responsável técnico pela UTI Neonatal e Pediátrica, Marcus Vinícius Alvim de Oliveira.