A fim de organizar melhor o processo de captação de órgãos para transplante, tanto na adequação da abordagem dos familiares quanto na articulação interna das diferentes áreas envolvidas, o Hospital Mãe de Deus reforça a atuação de sua Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). O serviço passa a contar com uma equipe multidisciplinar com médicos, psicólogos, enfermeiros e apoio administrativo para ter disponibilidade e agilidade máxima junto com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) e a Central Estadual de Transplantes. As OPOs têm como atribuição principal organizar a logística da procura de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais localizados na sua área de abrangência e que são definidos por critérios geográficos e populacionais, sob a gerência da Central de Transplantes e do Sistema Nacional de Transplantes.
O coordenador da CIHDOTT, Dr. José Luis Toribio, explica que a comissão pretende ser um canal permanente de debate clínico e ético sobre a doação de órgãos e fórum de discussões sobre transplantes, além de colaborar em campanhas de esclarecimento sobre a importância da doação. A comissão quer também dar apoio técnico para o corpo clínico no processo de captação de órgãos e prestar todas as informações para colaborar na decisão dos familiares de pacientes. O Dr. Toribio destaca que “confiabilidade, transparência e competência dos processos realizados sobre o diagnóstico de Morte Encefálica e na solicitação de órgãos e tecidos” são o foco da comissão.
No ano passado, o Hospital Mãe de Deus obteve quatro doações e em 2016 já foram efetivadas três doações de órgãos. Atualmente, o Rio Grande do Sul está em quarto lugar no ranking de doadores por estados, com 25,2 doadores a cada 1 milhão de habitantes. Santa Catarina está em primeiro lugar com 34,9 doadores/por milhão de habitantes. Até agosto, o Estado gaúcho tinha 1.261 receptores na fila de espera, principalmente para doação de rim, fígado e medula óssea.