Intervenção tem vantagens sobre outros procedimentos como menor dor no pós-operatório
Os Hospitais Universitários da Universidade Federal de Sergipe e Juiz de Fora (HU-UFS e HU-UFJF) começaram a realizar o procedimento de histeroscopia cirúrgica. A intervenção é indicada para extração de pólipos endometriais (lesões que podem ser precursoras do câncer), miomas submucosos (podem provocar hemorragias e dificuldades para engravidar), septo uterino e alguns casos de sangramento do útero. A cirurgia é minimamente invasiva, não tem corte e a paciente pode receber alta em um período de seis a oito horas.
De acordo com a ginecologista e obstetra do HU-UFS, Daniela Prado, essas infecções normalmente eram tratadas com a retirada do útero. “O procedimento era muito mais agressivo. Hoje, já fazemos mensalmente, de 30 a 40 histeroscopias diagnósticas e dez cirúrgicas”, pontuou.
Antes da histeroscopia cirúrgica, a paciente é submetida à histeroscopia diagnóstica. O exame observa a cavidade uterina e suas possíveis alterações. “É um exame para diagnóstico de alterações intrauterinas, como pólipos e sangramentos. Além disso, pelo fato de o HU ser um hospital escola, essa acaba sendo mais uma ferramenta de diagnóstico muito importante para o ensino”, concluiu.
Rápida recuperação para mulheres de Juiz de Fora
Realizado pela primeira vez no HU-UFJF, o procedimento foi possibilitado pela aquisição de equipamentos por parte da Ebserh, que complementarão os serviços da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher.
Segundo o médico da unidade, Luciano Loures, trata-se de uma cirurgia com potencial diagnóstico e terapêutico. “Permite, por meio endoscópico, a visualização da cavidade uterina e, a partir daí, a diferenciação precisa de alterações benignas e malignas. Assim, a análise de neoplasias endometriais é realizado com maior eficácia”.
Entre as diversas vantagens desse tipo de procedimento estão a rápida recuperação, pouca dor pós-operatória e a diminuição dos índices de complicações, desde que respeitados os princípios, as limitações e a técnica utilizada. Para as unidades, a intervenção ainda é benéfica por reduzir os custos e o tempo de hospitalização do paciente.