Por meio de uma capacitação presencial, 70 profissionais do Sistema Único de Saúde do Estado da Bahia como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros irão aprender a estimulação precoce em crianças de 0 a 3 anos, que apresentam alterações do desenvolvimento neuropsicomotor decorrentes de infecção congênita pelo vírus Zika, como estimulação auditiva, visual, motora, sensorial e cognitiva
O Instituto de Ensino do HCor (Hospital do Coração), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) capacitará, entre os dias 24 e 28 de abril, profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), para aprenderem a estimulação precoce de crianças com alterações decorrentes da Síndrome Congênita do vírus Zika (crianças com microcefalia).
Por meio de uma capacitação presencial, 70 profissionais do Sistema Único de Saúde do Estado da Bahia, serão divididos em duas oficinas com 35 participantes, para facilitar a mobilização de conhecimento e troca de experiências. Entre os profissionais estão fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos, que irão aprender a estimulação precoce em crianças de 0 a 3 anos com alterações do desenvolvimento neuropsicomotor decorrentes de infecção congênita pelo vírus Zika, como estimulação auditiva, visual, motora, sensorial e cognitiva.
Segundo a Gerente do Instituto de Ensino do HCor (Hospital do Coração), Maressa Ribeiro, entre os dias 24 a 28 de abril, o HCor levará aos profissionais dos serviços de saúde do Estado da Bahia, todo conhecimento e troca de experiências de oficinas anteriores. “Os profissionais previamente inscritos sairão deste treinamento com todo conteúdo dos manuais do Ministério da Saúde, sobre como estimular as áreas sensoriais, auditiva, linguagem, entre outras, para que eles possam aplicar o conhecimento adquirido nos serviços onde atuam”, esclarece Maressa Ribeiro.
Uma das oficinas mais apreciadas pelos profissionais que participaram do primeiro treinamento, realizado em Fortaleza, é a adaptação de brinquedos com o uso de materiais recicláveis “Esta oficina aumenta a criatividade destes profissionais para fazerem grupos com os pais e cuidadores na construção de brinquedos que possam ajudar a estimulação destas crianças”, explica a Gerente do Instituto de Ensino do HCor.
As oficinas: durante as atividades, os profissionais aprenderão a abordar a família, preparando-as para a continuidade do cuidado em casa com as crianças. Isso favorece o apego e reforça que os pais também são fundamentais durante o período de estimulação precoce. “O plano pretende que a criança tenha mais qualidade de vida, minimizando possíveis sequelas decorrentes da doença. O apoio familiar deve ser oferecido pelos profissionais de saúde, e visa o acolhimento mais cuidadoso e carinhoso possível para a criança com a síndrome”, esclarece Maressa Ribeiro.
Crianças com microcefalia: a microcefalia é uma condição neurológica rara, em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que a de outras da mesma idade e do mesmo sexo. Geralmente, é diagnosticada no início da vida e resulta do crescimento insuficiente do cérebro durante a gestação ou após o nascimento. “A estimulação da criança com microcefalia é importante pois possibilita ganhos potenciais de desenvolvimento”, explica a Gerente do Instituto de Ensino do HCor.
A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para as crianças com microcefalia e complicações neurológicas é promover o desenvolvimento das mesmas. Todas as crianças, inclusive aquelas com atrasos no desenvolvimento e complicações neurológicas, podem aprender e desenvolver habilidades. Os pais, cuidadores e professores podem auxiliar o desenvolvimento destas crianças através do envolvimento em atividades cotidianas e no brincar.
O Instituto de Ensino HCor: Desenvolve atividades destinadas à capacitação, atualização, aprimoramento e desenvolvimento dos profissionais dedicados às áreas da saúde, disseminando os conhecimentos reunidos na Instituição à toda Sociedade. O processo de ensino e aprendizagem se dá de maneira vivencial e contextualizada, considerando as experiências dos participantes e dando a oportunidade de reflexões e mudança da prática cotidiana.