A Anvisa aprovou este mês uma tecnologia, já usada em países da Europa e da América do Norte, que processa gordura humana para tratamentos de cirurgias plásticas, de rejuvenescimento e de recontorno e reconstrução corporais pós trauma, câncer de mama, pé diabético, queimaduras e cicatrizes. Ela será apresentada aqui no Brasil, com exclusividade pela GID Brasil, em setembro.
A Plataforma GID permite, em um único procedimento cirúrgico, recolher, filtrar, separar, concentrar e transferir a parte do tecido gorduroso denominado porção estromovascular, o qual contém alta concentração de células-tronco adultas. De acordo com a literatura médica, a gordura humana tem 30% de células-tronco em sua composição.
Portanto, não são utilizados tecidos de embriões, do cordão umbilical ou da medula óssea, dentre outros. A Plataforma GID permite o processamento dos tecidos em tempo real e tem baixo custo de instalação e operação.
Estas células são retiradas e reintroduzidas no próprio paciente, em um curto período de tempo, no mesmo procedimento cirúrgico, com manipulação mínima do tecido, sendo considerado, portanto, um enxerto autólogo de células frescas.
Desenvolvida na Universidade de Pittsburgh, dos Estados Unidos, por pesquisadores americanos e europeus do The GID Group, a Plataforma de Processamento do Tecido Adiposo GID é segura, econômica e de fácil utilização. A plataforma GID de processamento do tecido adiposo inclui licenças de uso da tecnologia e das marcas registradas (STEM Center e GID Brasil), treinamento de equipes para processamento adequado dos tecidos, fornecimento de métodos e de procedimentos clínicos, protocolos de biossegurança e acompanhamento dos dispositivos de coleta de material – da compra ao seu descarte final.
A plataforma GID apresenta resultados previsíveis, eficazes, mensuráveis e assegurados por um rigoroso sistema de qualidade. Todos os dispositivos GID utilizados são estéreis, de uso único e descartáveis.
O uso das células-tronco nos tratamentos é justificado por sua capacidade de acelerar a cicatrização, reduzir os efeitos colaterais da inflamação (dor, calor, vermelhidão, edema), e formar vasos sanguíneos. As células-tronco também são capazes de se transformar em outros tecidos, como pele, tendões, ossos, sangue, músculos, vasos sanguíneos, fáscia e gordura.
Segundo o diretor médico da GID Brasil, Sérgio Vieira, o tecido adiposo é uma escolha acertada para obtenção de células-tronco. “A gordura possui centenas de vezes mais células-tronco do que a medula óssea e cordão umbilical, sendo de mais fácil obtenção”. O médico acredita que em poucos anos será possível tratar e curar várias doenças com o uso das células-tronco. “Em 10 anos, cerca de 90% das doenças que hoje afligem a humanidade e são de difícil tratamento terão eficaz terapia e provável cura”.
O Hospital Vila da Serra é parceiro pioneiro da GID Brasil. Neste hospital, será instalado o primeiro STEM Center no País, o qual, utilizando a Plataforma GID, realizará procedimentos médicos para extração e processamento de tecido adiposo e sua aplicação em cirurgias plásticas estéticas, de rejuvenescimento, de recontorno e reconstrução corporais.
Também foi celebrado acordo com a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), instituto de pesquisa ligado à Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, para realização de pesquisas básicas.