Após três anos de obras de adaptação, que transformaram uma antiga unidade de saúde convencional em referência para o diagnóstico e o tratamento oncológico, a Fundação do Câncer inaugurou, no começo do mês de junho, seu hospital próprio, na Rua Aristides Caire 27, no Méier. O complexo, que é privado, tem 7.400 metros quadrados de área construída, 14 consultórios, quatro salas de cirurgia, 80 leitos, e fica em frente ao Jardim do Méier e ao Viaduto Castro Alves.
A estimativa inicial é que o Hospital Fundação do Câncer possa realizar seis mil consultas e 420 cirurgias por mês. Os serviços já estão disponíveis e, no início de 2018, a unidade, que atende a uma carteira com cerca de 30 planos de saúde, passará a oferecer também radioterapia. Todos eles, para tumores sólidos em adultos: não serão feitos tratamentos infantis no local.
Boa parte da mão de obra do hospital é proveniente do Inca, uma vez que a Fundação do Câncer foi responsável pela gestão do pessoal técnico da unidade federal. O diretor Carlos Frederico de Lima explica os demais pontos fortes da instituição.
“Nosso pessoal é qualificado, com muito treinamento teórico e prático, combinados com equipamentos de ponta. Investimos bastante em capacidade de diagnóstico por imagem e somos o showroom da Siemens na América Latina”, afirma.
Entre os equipamentos, estão o mamógrafo mais moderno do Rio, com tomossíntese, capaz de identificar lesões iniciais, ainda não palpáveis. Também há aparelhos que praticam radiologia intervencionista, prática nova, capaz de realizar pequenos tratamentos não invasivos no ato do diagnóstico.
Para o diretor, o fato de reunir tudo o que é necessário para todas as fases de cuidado do paciente é outro aspecto que faz com que o hospital se diferencie da concorrência na cidade.
“No Rio, há poucos hospitais oncológicos de referência, mas muitas clínicas de quimioterapia espelhadas pela cidade. Aqui, reunimos tudo, do diagnóstico aos cuidados paliativos para o paciente em fim de vida, em um só lugar. É como o Inca, mas privado. Temos uma equipe multidisciplinar integrada. Tecnologia, equipamento, tudo isso é importante, mas é fundamental que haja integração, para tratar bem o paciente e a família, que vivem um momento muito difícil quando chegam ao hospital para tratar a doença”, conclui.