Até hoje o diagnóstico oriundo do exame de ressonância magnética (RM) era basicamente feito por meio de imagens anatômicas e morfológicas. Dessa forma, em algumas doenças, essa análise podia ser realizada já em uma fase tardia. A técnica de Impressão Digital por RM (Fingerprinting), desenvolvida pelo físico americano Mark Grisworld, ph.D. em radiologia, possibilita a identificação quantitativa de tecidos e órgãos do corpo e, com isso, é capaz de realizar diagnóstico precoce de várias doenças, como: as degenerativas, como o Alzheimer, e as neoplasias, como o câncer de próstata, entre outras.
A nova técnica será apresentada no próximo dia 25, durante o Simpósio Internacional de Inovações em Ressonância Magnética, promovido pala Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), em parceria com a Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ). Na oportunidade, Grisworld ministrará as palestras Impressão Digital por RM – Uma Nova Técnica para Detecção Precoce de Doenças e O Futuro das Aplicações Clínicas em Imagens por RM.
O coordenador do evento, o radiologista Romeu Domingues, esclarece que a RM é um excelente método de diagnóstico por imagem e que já existe há mais de 30 anos. No passado, era utilizada, principalmente, na investigação de doenças neurológicas e musculoesqueléticas, porém, atualmente, com os novos avanços tecnológicos, ela pode ser empregada para examinar mamas, fígado e coração, entre outras aplicações clínicas.
“A nova técnica que será apresentada pelo Dr. Grisworld complementa as imagens da RM, pois permite também a avaliação das alterações do tecido celular mesmo antes de qualquer alteração morfológica. Trata-se de um enorme avanço, um salto na medicina diagnóstica que poderá identificar precocemente várias patologias. Essa é uma ótima oportunidade para sermos pioneiros nessa técnica no futuro, aqui no Brasil”, enfatizou Romeu Domingues.
Curiosidade
Mark Grisworld é professor de radiologia e física na Case Western Reserve University e diretor do Centro de Pesquisa em Imagens por Ressonância Magnética. O físico também foi responsável pelo desenvolvimento da tecnologia de aquisição rápida de imagem cuja sigla é CAIPIRINHA (Controlled Aliasing In Parallel Imaging Results IN Higher Acceleration), fundamental no dia a dia de unidades que operam com ressonância magnética.
Serviço
Evento: Simpósio Internacional de Inovações em Ressonância Magnética.
Data: 25/2, próxima quarta-feira, às 19h30.
Local: auditório CID Leblon – Av. Ataulfo de Paiva, 669, Leblon.
Inscrições gratuitas e vagas limitadas: pelo e-mail alessandra@cdpi.com.br ou pelos telefones: (21) 2522-2001/2432-9155.
Público-alvo: profissionais de saúde e estudantes de medicina.