Em uma iniciativa pioneira, o Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (SGPTI) desenvolveu sistema, que está em fase piloto, para atender à demanda de maior organização e agilidade no registro da identificação dos pacientes pela equipe assistencial da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC).
Desde 2011, o Ministério da Saúde monitora os indicadores de Boas Práticas de Assistência ao Parto e Nascimento dos hospitais membros da Rede Cegonha. Um dos instrumentos de coleta de dados utilizados é a ficha de monitoramento de assistência ao parto e nascimento, preenchida pelas enfermeiras de todos os setores por onde os pacientes passam, da admissão à alta.
Na Meac, essa ficha foi aprimorada para a coleta de informações que servirão de base para a análise estatística refinada e para a inclusão de alguns dados não solicitados pelo Ministério da Saúde, mas de interesse do hospital.
“Essa ficha traduz a assistência em números, indicando dados como a quantidade de mulheres que tiveram analgesia e presença de acompanhante no momento do parto, por exemplo, além de quase 140 itens que nos subsidiam na avaliação e planejamento das boas práticas na Meac”, explica a enfermeira Mariana Luisa, chefe de Enfermagem do Centro Obstétrico.
Entre os itens preenchidos, constam informações relacionadas à procedência da paciente e histórico gestacional, assistência ao trabalho de parto e parto, cuidados ao recém-nascido e morbidade materna grave.
Do ponto de vista assistencial, o desenvolvimento e instalação da Ferramenta de Emissão de Ficha de Avaliação de Assistência (FEFAA), representa mais controle, uma vez que essas fichas precisam ser identificadas unicamente, com dados de pacientes que estão internados, e esses dados são lidos diretamente do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU).
“Entendemos que essa ferramenta atende a uma necessidade básica de identificação e controle dessas fichas por pacientes, e que também o fato das informações virem diretamente do AGHU garante uma base única em um sistema que é padrão para os HUs”, comenta Cleisson Santos, chefe do SGPTI. “Mas sabemos que, como toda grande necessidade, esse é somente um passo inicial do que futuramente pode vir a servir de insumo para a criação de um sistema que gerencie todo o processo de coleta e tratamento das informações”, pondera.
A ideia de sistematizar esse controle, fazendo com que cada paciente tivesse uma ficha com um número apenas, foi sugestão do estatístico Hemerson Bruno. A partir dessa demanda, foi desenvolvida a ferramenta eletrônica que garante que a identificação realmente seja única por parto, vinculada ao prontuário, evitando cadastro duplo. Como está online, permite o acesso desde diferentes pontos, podendo, por exemplo, uma enfermeira do Alojamento Conjunto, complementar dados que não foram preenchidos no ato de internamento pela Emergência.