A farmacêutica Abbott vai desenvolver novos medicamentos no Brasil, junto à sua fábrica em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde foram construídos um laboratório e uma planta-piloto. O projeto contempla os remédios sólidos (comprimidos e cápsulas) e no Brasil, segundo a multinacional, vão passar por todos os processos e tecnologias necessárias ao desenvolvimento de produtos farmacêuticos. Atualmente, a Abbott fabrica medicamentos em sua unidade no Rio, porém, o desenvolvimento das novas substâncias ocorrem fora do país. Medicamentos líquidos e injetáveis não estão no rol.
O novo centro entra em funcionamento em agosto e a previsão é que a primeira molécula seja desenvolvida nesta instalação em 2016, mas a farmacêutica não revelou qual será. Novas tecnologias permitem, por exemplo, desenvolver comprimidos menores com a mesma eficácia que os atuais. – Ou mesmo fazer novas associações de medicamentos, como uma vitamina C com antitérmico, por exemplo. Poderemos chegar a isso – explica Ana Paula Antunes, diretora de operações da unidade fabril da empresa no Brasil.
“Trabalhamos no Brasil em cinco áreas terapêuticas: cardiologia, neurologia, saúde feminina, gastroenterologia e doenças respiratórias. Teremos focos de desenvolvimentos nessas áreas “, afirma Juan Carlos Gaona, gerente geral da companhia no Brasil. A multinacional espera obter aprovação de novos fármacos junto à Anvisa em menos tempo. –
O novo centro de desenvolvimento recebeu investimentos de R$ 20 milhões. De acordo com dados do IMS, o Brasil ocupou a sexta posição no ranking farmacêutico mundial em 2014.