Com o intuito de fomentar iniciativas de pesquisa desenvolvimento que viabilizam o emprego da tecnologia em prol da qualidade da saúde, a Fanem, apoiou o projeto “Leito hospitalar multifuncional: monitoramento à distância adequado e seguro”. A iniciativa foi a vencedora do 3º Prêmio Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED) de Inovação Transformacional, na categoria “Melhoria do Padrão de Cuidado Médico”. A empresa brasileira fabricante de produtos nas áreas de neonatologia e laboratorial financiou parte do projeto, desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos.
“A inovação é o caminho escolhido pela Fanem para oferecer sempre soluções que contribuam com a evolução da saúde. Neste sentido, apoiamos iniciativas de pesquisa e desenvolvimento de instituições como esta do Instituto de Física de São Carlos, que visa melhorar a qualidade do atendimento hospitalar a custos viáveis especialmente para o sistema público”, explica Rubens Massaro, superintendente comercial da Fanem.
O Sistema de Saúde enfrenta hoje um sério problema nos leitos hospitalares no que diz respeito ao monitoramento de pacientes. O déficit de profissionais para verificar as condições básicas, ou mesmo, se o fluxo de soro ou medicamento esta adequado, por exemplo, impacta diretamente na qualidade dos cuidados prestados. Diante deste cenário, os pesquisadores desenvolveram uma multiplataforma sensorial que permite que as funções vitais do paciente – como pressão, pulsação, oxigenação, fluxo de soro, entre outras, em um total de 18 parâmetros – sejam monitoradas à distância na tela de um computador, no posto de enfermagem ou em domicílio. As medições são feitas por meio de um dispositivo colocado nos membros superiores ou inferiores do paciente, como uma espécie de braçadeira, onde estão acoplados sensores que utilizam tecnologia óptica. Uma caixa de transmissão do tipo wireless leva os sinais vitais até o profissional que está cuidando do paciente.
“A credibilidade que a Fanem depositou no IFSC foi fundamental para viabilizar esse projeto, que tem como objetivo principal estabelecer uma nova forma de enxergar e conduzir pacientes em leitos hospitalares, melhorando a eficiência dos profissionais de saúde e resolvendo problemas de falta de funcionários e espaço em UTI. Além disso, deverá ter custo baixo o suficiente para poder ser adotado no sistema público de saúde”, afirma Luiz Gussen, coordenador do Laboratório de Apoio Tecnológico do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo.
Os ganhadores foram escolhidos por uma Comissão Julgadora formada por: Dirceu Barbano, ex-diretor presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HCFM/USP e ex-Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, e Gonzalo Vecina Neto, Professor Assistente da Faculdade de Saúde Pública da USP.